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Marinha e consórcio assinam contrato para construção de navios Tamandaré

06/03/2020|

A Empresa Gerencial Projetos Navais (Emgepron) e o consórcio Águas Azuis, formado pela thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech, assinaram nesta quinta-feira (5), no Rio de Janeiro, o contrato para a construção dos quatro navios classe Tamandaré de última geração, com entregas previstas para o período entre 2025 e 2028. A construção será realizada no estaleiro Oceana, em Itajaí (SC), com expectativa de taxas de conteúdo local acima de 30% para o primeiro navio e de 40% para os demais.

A thyssenkrupp fornecerá a tecnologia naval de sua comprovada plataforma de construção de navios de defesa da Classe Meko, que já opera em 15 países. A Embraer integrará sensores e armamentos ao sistema de combate. A Atech, empresa do grupo Embraer especializada em engenharia de sistemas para aplicações de defesa, será a fornecedora do CMS (Combat Management System) e do IPMS (Integrated Platform Management System, da L3 MAPPS) e receptora de transferência de tecnologia em cooperação com a Atlas Elektronik, subsidiária da thyssenkrupp Marine Systems que produz o CMS e sistemas de sonar.

A thyssenkrupp destacou que a assinatura é um novo marco na história da defesa naval brasileira, assim como foi a construção dos submarinos da Classe Tupi na década de 1980. “O programa classe Tamandaré irá fortalecer nossos laços, por meio da transferência de tecnologia e da geração de empregos altamente qualificados para o país”, afirmou o CEO da thyssenkrupp Marine Systems, Rolf Wirtz. O CEO da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider salientou a expansão do portfólio de defesa e segurança do grupo além do segmento aeronáutico, com o desenvolvimento e a integração de sistemas complexos, a fim de tornar a empresa qualificada para atender às necessidades da Marinha do Brasil e de fortalecer a posição como parceiro estratégico do Estado Brasileiro.

O contrato inclui transferência de tecnologia em engenharia naval para fabricação de navios militares e sistemas de gerenciamento de combate e de plataforma, bem como o apoio logístico integrado e o gerenciamento do ciclo de vida das embarcações. O programa classe Tamandaré prevê qualificação da mão de obra local, o que pode garantir o desenvolvimento de futuros projetos estratégicos de defesa no Brasil. O consórcio acredita que a aliança entre a thyssenkrupp Marine Systems e a Embraer Defesa & Segurança permitirá criar bases para a exportação de produtos de defesa naval a partir do Brasil.

A classe Meko®, da thyssenkrupp Marine Systems, já é utilizada em 82 embarcações em operação em marinhas de 15 países, entre os quais: Portugal, Grécia, Austrália, Argentina e Argélia. A thyssenkrupp afirma que o conceito Meko de design modular facilita a integração local e a transferência de tecnologia, ajudando a reduzir os custos de manutenção e modernização. "Combinando tecnologia de ponta, inovação e capacidades robustas de combate, a Classe Meko® é um autêntico navio-escolta para águas azuis com qualidades excepcionais de autonomia e robustez", destaca a empresa.

Capitania dos Portos do Rio de Janeiro tem novo comandante

06/03/2020|

Na manhã desta sexta-feira, dia 6 de março, tomou posse como novo Capitão dos Portos do Rio de Janeiro o Capitão de Mar e Guerra Ricardo JAQUES Ferreira, que sucede no cargo o CMG André Luiz de Andrade FÉLIX, que está sendo promovido a Contra-Almirante. A cerimônia de passagem do cargo foi na sede da Capitania dos Portos e contou com a presença de autoridades e convidados ilustres. O Presidente do SINAVAL foi representado pelo Sr. Jorge Antônio de Faria, Assessor da Presidência. Nossos parabéns ao CMG JAQUES e ao CA FÉLIX, com votos de felicidade e sucesso em suas brilhantes carreiras. Nas fotos, o Sr. Jorge Faria com o novo Capitão dos Portos, CMG JAQUES, e com o CMG FÉLIX, novo CA.

Plataforma da Petrobras chega este mês ao ES para ter construção finalizada

05/03/2020|

O casco de um novo navio-plataforma da Petrobras chegará este mês ao Espírito Santo para ter a construção finalizada no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). A FPSO (sigla em inglês de unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) deixou em dezembro o estaleiro CIMC Raffles, na China.

Coronavírus ameaça entrega de FPSOs

03/03/2020|

A epidemia do novo coronavírus poderá atrasar a construção de FPSOs em estaleiros na Ásia, já que os estaleiros da China, Coreia do Sul e Singapura – países próximos ao surto inicial do vírus – respondem por 22 dos 28 FPSOs em fabricação no mundo. Segundo a Rystad Energy, os atrasos poderão ser de três a seis meses nos projetos, podendo chegar a um ano, caso a epidemia tenha uma escalada.

Cristiane Marsillac é nova presidente da Transpetro

03/03/2020|

Cristiane Marsillac foi eleita para ocupar a presidência da Transpetro. Ela substitui Antonio Rubens Silva Silvino, que presidia a Transpetro desde 2015 e que tem mais de 40 anos de carreira na Petrobras. O conselho de administração da subsidiária da Petrobras escolheu ainda Gustavo Santos Raposo para o cargo de diretor financeiro da empresa. Com mais de 25 anos no setor de navegação e portuário, Cristiane Elia de Marsillac foi CEO da Mercosul Line, do grupo CMA CGM, entre julho de 2016 e janeiro de 2020. Cristiane também ocupou cargo de diretora executiva na Prumo Logística (2014-2015) e na Bravante (2012-2014). Foi ainda sócia e diretora geral da Dock Brasil Engenharia e Serviços (2010-2012).

Stellar Banner Grounding: Vale Mobilizing Oil Spill Response Assets

02/03/2020|

Salvage and oil spill response assets are being mobilized to deal with the partially submerged Stellar Banner stranded off the coast of Brazil. The Brazilian Navy on Thursday met with representatives from Vale, salvor Ardent Global, and local government officials to go review the best course of action for the vessel, which remains aground approximately 60 miles from São Luís.

Países asiáticos podem atrasar encomendas de plataformas à Petrobras

02/03/2020|

Os efeitos produzidos pela crise do coronavírus podem levar a Petrobras a deixar de receber até US$ 10 milhões por dia. Essa ‘perda’ diária, dizem especialistas, seria causada pelos atrasos na entrega de plataformas. Sete embarcações foram encomendadas pela estatal a estaleiros da Ásia, principalmente na China, Cingapura e Coreia do Sul, os três países mais afetados pela epidemia até agora.

Surto do coronavírus pode atrasar a construção de FPSOs na China em até um ano, aponta Rystad

02/03/2020|

O impacto do surto do coronavírus no setor de óleo e gás não vai afetar apenas as exportações de óleo para a China, mas também deve atrasar a construção de navios-plataformas (FPSOs) nos estaleiros do país asiático. A conclusão é da empresa de pesquisa e inteligência energética Rystad Energy. A estimativa é que os projetos devem ser postergados entre três a seis meses. Mas se a epidemia se agravar, os atrasos podem aumentar para nove ou até 12 meses.

VLOC sofre avaria e corre risco de naufrágio a 100Km da costa do MA

27/02/2020|


O navio MV Stellar Banner, classe VLOC (very large ore carrier), sofreu avaria no casco e passa por uma operação, nesta quarta-feira (26), para evitar seu naufrágio a 100 quilômetros da costa de São Luís (MA). Fontes ouvidas pela Portos e Navios relataram que o comandante pediu apoio de terra após verificada a entrada de água nos seus compartimentos de carga e indicada possibilidade de fissura no casco.

Procurada pela reportagem, a Vale informou que foi comunicada pela empresa sul-coreana Polaris, proprietária e operadora do navio, que a embarcação sofreu avaria na proa após deixar o terminal marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na noite de segunda-feira (24), já fora do canal de acesso ao porto. Até o momento, a Vale não informou nem o volume de minério nem a quantidade de combustível a bordo do navio, que tem capacidade para transporte da ordem de 300 mil toneladas de minério.

De acordo com a Vale, a Polaris também reportou que, por medida de precaução, os 20 tripulantes foram evacuados com segurança e que o comandante do navio adotou manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís. “Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas", disse a Vale em nota.

A proprietária do Stellar Banner explicou que um dos tanques sofreu alguns danos, mas ressaltou que todos os porões de carga se encontram intactos e que a situação está sob controle. De acordo com a empresa, o navio (300.660 Dwt) passará por inspeções para avaliação dos danos e uma empresa de resgate foi organizada para fins de contingência. A Polaris relata que a embarcação entrou em contato com o fundo do mar depois de partir da Ponta da Madeira aproximadamente às 21h30 do horário local do dia 24. O armador destacou que todos os membros da tripulação estão seguros e que não há contaminação. "Todas as autoridades foram acionadas de acordo com os procedimentos padrão"​, salienta a empresa em nota.

A Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), informou que, na manhã da última terça-feira (25), tomou conhecimento, por meio de uma agência marítima, de que o navio Stellar Banner apresentou um problema, ainda não identificado, nas proximidades da boia número 1 no canal da Baía de São Marcos, cerca de 32 milhas do Farol de Santana. Segundo a capitania, o incidente ocorreu no dia 24, por volta das 21h30. Foram identificados dois vazamentos avante da embarcação. De acordo com a CPMA, o navio encontrava-se encalhado na tarde desta quarta-feira (26).

"Quatro rebocadores se deslocaram em direção ao navio para coletar mais informações e prestar apoio, caso necessário. A tripulação permanece em segurança na área à bordo dos rebocadores enviados. A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do incidente", informa a capitania.

Na manhã desta quarta-feira (26), ocorreu uma reunião com o agente marítimo, representante da Vale, autoridade portuária e com dois membros da empresa Ardent Global, contratada pelo armador para apresentar tão logo possível o plano de salvatagem desta embarcação. Um rebocador com material para conter possíveis danos ambientais foi enviado pela Vale ao local a fim de prevenir futuras possibilidades de vazamento.

Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira

NOTA:

O SINAVAL lamenta mais este acidente com navios a serviço da Vale e continuará a acompanhar o noticiário sobre o assunto.

Em que pese o fato de, felizmente, desta vez não ter havido perdas de vidas humanas, as perdas materiais levam à reflexão de que, como ocorreu em 2011 com a primeira operação de carregamento de um navio da Vale em Porto da Madeira, no Maranhão, e com o naufrágio de outro grande navio na costa uruguaia em 2017 com várias mortes, este novo acidente com um navio construído na Ásia a serviço da Companhia é uma demonstração de que um produto estrangeiro aparentemente barato pode trazer sérios riscos para a empresa e para o Brasil.

A opção pela contratação de navios na Ásia a pretexto de serem mais baratos do que seus similares produzidos no Brasil deveria, em nosso entendimento, ser repensada. Essa reflexão pode, também, ser estendida à Petrobras, que decidiu adquirir suas plataformas na Ásia, em detrimento da indústria naval nacional, e já teve problemas com a qualidade do produto recebido, como ocorreu com a plataforma P-67.

Lembremos que aquela unidade, do tipo FPSO, depois de chegar da China em julho de 2018, passou por reparos demorados na Baía de Guanabara antes de entrar em serviço no campo de Lula Norte, na Bacia de Santos. O prejuízo com o adiamento da produção de petróleo em mais de seis meses por essa plataforma nunca foi observado com as plataformas produzidas no Brasil, lançando dúvidas se a opção pela construção de plataformas na Ásia é realmente a mais conveniente para o País.

15 contratos de FPSOs até 2023

17/02/2020|

A SBM Offshore prevê que 15 dos 35 potenciais novos contratos de FPSOs nos próximos três anos no mundo serão firmados no Brasil. Em segundo lugar está o offshore africano, com seis possíveis novos contratos de plataformas. O cenário foi apresentado a analistas de mercado na quinta-feira (13/2).