Um novo imbróglio deve impactar o cronograma do rebid das licitações para o afretamento dos FPSOs para Libra e Sépia.

Contrariando a determinação dos novos editais, as empresas concorrentes reapresentaram suas propostas mantendo algumas das ressalvas comerciais listadas nos envelopes anteriores e, por determinação da Petrobras, terão até a zero hora de sábado para excluir as condicionantes.

A imposição foi apresentada pela Petrobras no início desta semana, depois que a comissão de licitação concluiu a avaliação dos novos envelopes. As empresas excluíram parte das condicionantes, mas mantiveram algumas ligadas ao pagamento de multa por não cumprimento das exigências de conteúdo nacional.

A Petrobras encaminhou nota às empresas exigindo a exclusão das condicionantes, mas não informou qual será a punição caso as ressalvas sejam mantidas. Teme-se que a comissão de licitação possa descredenciar o concorrente que não cumprir a determinação.

O FPSO de Libra está sendo disputado pela Modec, SBM, BW Offshore e o consórcio Bluewater/ Queiroz Galvão Naval, enquanto SBM, Modec e Bluewater/ Queiroz Galvão Naval concorrem em Sépia. Os envelopes das duas licitações foram entregues no início de julho. Ainda não há previsão de data para a abertura dos envelopes de preços.

A Frota de FPSOs afretados pela Petrobras

A Petrobras tem contratos de afretamentos com 24 plataformas de produção de petróleo, sendo 22 do tipo FPSOs e duas TLD.  Os contratos são por 20 anos. Desde 2013, 11 plataformas foram colocadas em operação, todas contratadas a consórcios com as empreiteiras Schahin, Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG) e Odebrecht Óleo e Gás (OOG), sendo 10 na bacia de Santos e uma na bacia de Campos.

As plataformas contratadas representam cerca 30% da produção de 2.890 mil barris de petróleo em bacias marítimas.