Descomissionar plataformas fora do Brasil é o fim do mundo, diz diretora da Petrobras

  • 23/10/2025

A diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia Anjos, disse que se incomodaria se desmontagens das plataformas que já atingiram sua vida útil na produção, conhecidas como descomissionamento, fossem feitas fora do Brasil, dada as vantagens competitivas e oportunidades de geração de renda e empregos para a economia brasileira.

“A gente tem que se preparar, pois temos um litoral enorme. Eu já me incomodo de não fazer nossas plataformas no Brasil, agora, descomissionar fora do Brasil é o fim do mundo”, disse.

A fala veio durante palestra no evento “Seminário de Descomissionamento Offshore: desafios e oportunidades” da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (22) no Rio.

Anjos disse que a estatal prevê a remoção de dez plataformas até 2029 e mais 58 plataformas após 2030. O investimento previsto no plano da estatal até 2029 é de quase US$ 10 bilhões.

Ela ressaltou que a empresa tem feito investimentos em P&D, além de iniciativas para estender a vida útil das plataformas, mapear e antecipar dez anos antes plataformas que vão parar a produção.

Ainda na avaliação da diretora da estatal, no país, se faz “descomissionamento jurassicamente”, e que é necessário investir em inovação nesse processo.

Ela ressaltou que o descomissionamento não se limita às plataformas, e que é necessário um processo complexo para garantir o abandono dos poços de maneira adequada, além da destinação adequada das plataformas para reaproveitamento ou reciclagem.

A executiva preferiu não falar com a imprensa que a aguardava no local do evento.

Fonte: Valor – Jessica Alexandra
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