A Statoil vai abrir no próximo ano uma concorrência internacional para contratar a plataforma de produção que vai operar na segunda fase do campo de Peregrino, na Bacia de Campos. A unidade deverá ter capacidade nominal de produção de 40 mil a 45 mil barris diários de óleo.
“No próximo ano, vamos abrir o processo para fazer uma concorrência internacional. Vamos chamar empresas brasileiras também”, afirmou ontem o vice-presidente de Relações Públicas da Statoil no Brasil, Mauro Andrade, que participou de evento do setor petrolífero, no Rio de Janeiro.
Segundo o executivo, o primeiro óleo da segunda fase de Peregrino pode ocorrer após 2019. “Não tem nada decidido ainda. Isso vai depender de quão rápido conseguirmos contratar e quão rápido conseguirmos montar. E depois, quando estiver tudo pronto, temos uma janela de instalação. Não podemos instalar em qualquer condição de tempo”, completou ele. A estimativa oficial da Statoil para o início de produção de Peregrino II é até o fim desta década.
A norueguesa possui 60% de participação no campo de Peregrino. Os outros 40% pertencem à chinesa Sinochem. O investimento total previsto para a segunda fase de Peregrino é de US$ 3,5 bilhões. Com relação aos blocos adquiridos na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2013, Andrade afirmou que a contratação das sondas para a perfuração dos quatro poços dos quais a empresa é operadora deve ser feita pela matriz, na Noruega.
Presente ao mesmo evento, o presidente da Shell no Brasil, André Araujo, disse que a ausência de empresas na 13ª Rodada de Licitações da ANP, no início do mês, foi motivada por uma combinação elementos, envolvendo os baixos preços do petróleo, os termos do contrato de concessão e a qualidade dos blocos.
Ele também defendeu a regularidade dos leilões. “Precisamos de grande rodadas regulares. O fato de não participar de uma rodada não diminui a mensagem de que é um país enorme, com uma quantidade enorme de hidrocarbonetos. E a indústria não pode ficar sem projetos por muito tempo. Vimos o que o país passou quando ficamos cinco anos sem rodadas”.
Araujo reconheceu que há um ambiente pessimista no Brasil no momento, mas lembrou que há muitos investimentos em andamento no setor petrolífero no país. “Há muito dinheiro sendo investido no próximo ano no Brasil”.