A navegação de cabotagem brasileira transportou 138 milhões de toneladas em mercadorias em 2012, número 4% superior a quantidade transportada em 2011, (133 milhões de toneladas), segundo o Anuário Estatístico Aquaviário, divulgado ontem (28) pela ANTAQ. O Anuário está disponível para consulta no site da Agência.
Do total transportado na cabotagem brasileira no ano passado, 79% corresponderam a cargas de granel líquido, com 109 milhões de toneladas; 12% a granel sólido (17 milhões de toneladas); 5% a carga geral conteinerizada (7 milhões de toneladas); e 3,5% a carga geral solta (4,8 milhões de toneladas).
Entre os três principais grupos de mercadorias transportados na cabotagem brasileira em 2012, destacaram-se os combustíveis e óleos minerais, com 77% do total (107 milhões de toneladas), bauxita, com 10% (13,9 milhões de toneladas), e carga geral conteinerizada, com 5% (7 milhões de toneladas).
Na relação origem/destino das cargas, as plataformas marítimas e o estado do Pará lideraram a saída das cargas transportadas na cabotagem no ano passado. Já os principais destinos das cargas transportadas na cabotagem foram os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Longo Curso
No longo curso, foram transportados 670 milhões de toneladas de cargas em 2012, número 2% superior ao ano anterior. Os granéis sólidos foram as cargas mais exportadas por via marítima no ano passado (437,9 milhões de toneladas), registrando um acréscimo de 3% em relação a 2011. As mercadorias que tiveram maior crescimento no comparativo com 2011 foram milho, álcool etílico, trigo e farelo de soja.
As importações por via marítima somaram 144 milhões de toneladas, registrando um crescimento na tonelagem de 1% em 2012 na comparação com o ano anterior, sendo os granéis sólidos as principais cargas desembarcadas, com 43% do total. As principais mercadorias importadas por via marítima no ano passado foram combustíveis e óleos minerais, carga geral conteinerizada, fertilizantes/adubos e carvão mineral.
Frota/afretamentos
Atualmente, a frota brasileira da navegação marítima e de apoio (cabotagem, longo curso, apoio marítimo e apoio portuário) é composta por 1.978 embarcações. A frota de apoio marítimo é a que apresenta a menor idade média, com 11,3 anos, contra 16,5 anos do longo curso e cabotagem e 18,3 anos do apoio portuário.
“Esse resultado está diretamente associado à retomada da construção naval para suprir a demanda crescente de embarcações de apoio marítimo, resultante da descoberta de novos poços de petróleo no mar e da camada de pré-sal”, avalia o superintendente de Navegação Marítima e de Apoio da Agência, André Arruda.
Em 2012, os gastos do País com afretamentos de embarcações somaram cerca de US$ 6 bilhões, representando um acréscimo de 18,8% em relação a 2011. No apoio portuário, os gastos com afretamento somaram US$ 49,1 milhões no ano passado; no apoio marítimo, US$ 3,09 bilhões; na cabotagem, US$ 114,4 milhões; e no longo curso, US$ 2,7 bilhões, registrando um crescimento em termos de gastos de 2,1%, 22,8%, 9,5% e 16,2% em comparação com o ano anterior, respectivamente.