A Norma Regulamentadora (NR) 35, sobre o “trabalho em altura”, será debatida na 16ª Feira de Saúde, Segurança do Trabalho e Emergência (Prevensul), no Centro de Eventos da Fiergs. O workshop, ministrado pelo vice-presidente da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA), Armando Campos, ocorre hoje, das 8 às 17h30min. Em vigor desde o dia 27 de março, a NR do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura.
O ramo da atividade é bastante abrangente, varia, por exemplo, de podas em árvores à manutenção em postes de energia elétrica. Exatamente por isso, é considerada fundamental a especialização do profissional em cada uma das diversas áreas de atuação.
A NR 35 considera como trabalho em altura qualquer serviço executado com diferença de nível superior a dois metros ao solo. Nesses casos, é necessária a utilização de equipamentos de proteção. O texto contempla a pluralidade da função e conta com determinações específicas para as diferentes situações. Além disso, considera, principalmente, a análise de risco para cada tarefa.
Organizador da Prevensul, Alexandre Gusmão comemora a entrada em vigor de uma normativa específica para o tema. “Na maioria, esse tipo de acidente é muito grave ou fatal”, constata. Armando Campos também confia na redução no número dessas ocorrências. “Antes da NR 35, não existia uma norma específica sobre esse tema. Ela estrutura como realizar o trabalho e como deve ser a capacitação dos profissionais”, completa o palestrante.
Incidentes no exercício da função também se refletem na economia. O Brasil gasta R$ 120 bilhões por ano devido a acidentes de trabalho. A estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) leva em conta despesas hospitalares, pagamento de indenizações, horas paradas do colaborador, entre outros. Somente na compra de equipamentos de proteção individual (EPI), as empresas investem cerca de R$ 3,6 bilhões anualmente.
Iniciada ontem, a Prevensul segue até amanhã. A expectativa da organização é de receber, pelo menos, 11 mil visitantes nos quatro dias do evento. No primeiro dia, o público foi considerado acima do esperado para a abertura. Hoje, às 15h30min, ocorre o debate “Acidente na boate Kiss – Santa Maria: lições aprendidas para a saúde e segurança”. Durante o dia, a empresa Global América System apresenta ao público uma cortina corta-fogo acionada por sensor.