A agência do governo dos EUA, a Maritime Administration (MarAd) vai assumir um papel de liderança na ação de revitalização da indústria marítima norte americana, disse o diretor da instituição, Paul Jaenichen. Em continuidade ao movimento iniciado por políticos, que representam no Congresso estados com forte interesse no apoio aos estaleiros e ao transporte marítimo, foi anunciado para novembro deste ano um simpósio em Washington para reunir todos os interessados em desenvolver uma estratégia de ação.
A pauta do encontro político envolve a criação de uma colaboração ativa entre os diversos agentes para revigorar a marinha mercante dos EUA. A estratégia visa desenvolver um processo eficaz e que projete seus efeitos, de forma sustentável, para o futuro. Paul Jaenichen destaca que os Estados Unidos são uma nação marítima e que esse é um fator estratégico permanente. A indústria marítima, formada pela construção naval, transporte marítimo e os portos representam um eixo da prosperidade do país. O diretor do MarAd informa que sua missão é dar uma nova visão estratégica para agência do governo federal e que essa visão pode ser resumida em quatro palavras: cargas, infraestrutura, disponibilidade e defesa dos interesses do setor.
Na avaliação do diretor do MarAd, a indústria marítima se encontra numa encruzilhada, em meio a batalhas políticas para a conquista de dinheiro no orçamento federal, com ataques à política de proteção à bandeira própria no transporte marítimo. A superação desse desafio torna necessário um trabalho pesado de mobilização dos políticos no congresso. No centro dessa articulação está a necessidade de manter o Maritime Security Program (Programa de Segurança Marítima), um dos pilares de sustentação do setor, que, devido a corte orçamentários, pela primeira vez não terá recursos para pagar o previsto nos contratos.
A realidade que necessita ser apresentada é a importância da frota própria de navios com bandeira dos EUA para a mobilização no interesse da segurança do país. A exigência de navios próprio estimula a construção naval local como é caso dos novos contratos de construção naval nos estaleiros Aker Philadelphia e General Dynamics NASSCO, a demanda por navios para o setor de óleo e gás no Golfo do México e o aumento da demanda para o transporte de gás (LNG).