Fretes em queda

  • 13/09/2013

Especialistas revelam que a queda nos fretes internacionais continua a provocar enormes mudanças na navegação internacional. Os fretes do minério de ferro estão em baixa e igualmente os de transporte em contêineres, pois não se registrou a anunciada recuperação do mercado, o que levou os transportadores a acusarem prejuízos ou procurarem reduzir custos.

Uma das manobras mais ousadas para corte nos gastos reuniu três gigantes do setor de contêineres: a líder mundial Maersk, a francesa CMA-CGM e a suíça MSC, joint venture conhecida como P3.

Segundo as fontes, a aliança P3 ainda consegue reduzir custos operacionais a níveis mínimos por terem os maiores navios, em torno de 18 mil contêineres e por haverem montado uma estrutura de controle operacional comum, economizando enormemente em pessoal e ganhando forte poder de barganha perante os provedores de serviço de óleo, terminais, administradoras provedoras de tripulação, e responsáveis por alimentação e consumíveis. E acrescenta que seguradoras, bancos, estaleiros e diques de reparos não perdem por esperar para perceber o poder de negociação que esta união de gigantes detém.

Outras concorrentes também têm seus trunfos, muitas vezes suporte de governos, como ocorre com as chinesas Cosco e China Shipping e ainda Evergreen, de Taiwan, e as japonesas Mitsui e NYK. Para as fontes, as alemãs Hamburd Sud e Hapag Lloyd igualmente poderiam operar juntas ou até se fundir, e empresas médias, como a chilena CSAV, precisam cortar custos e agregar parceiros. Há uma prolongada recessão no mercado de navegação marítima e todos têm de se proteger, até que venham novos anos de fartura.

Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
13/09/2013|Seção: Notícias da Semana|Tags: |