O leilão do campo produtor de petróleo de Libra, que será realizado esta segunda-feira, dia 21/10/2013, representa que uma nova fase vai começar na economia brasileira. As promessas da produção de petróleo se tornam reais na meta, para 2022, de produzir 4,5 milhões de barris/dia. Um aumento de pouco mais de dois milhões de barris dia sobre a produção atual. O campo de Libra será responsável por cerca de metade desta produção adicional.
Para os estaleiros significa atender uma demanda estimada de 32 a 34 plataformas de produção do tipo FPSOs [plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência], cerca de 100 novos navios de apoio marítimo e mais sondas de perfuração, das quais 28 novas estão encomendadas. Esta nova fase de construção naval é a que agora se iniciará.
Atualmente uma parte relevante da demanda da Petrobras por plataformas, sondas e navios de assentamento de dutos é atendida por estaleiros internacionais. Os estaleiros locais estão começando a atender uma parcela desta demanda. O estaleiro é um ativo produtivo de grande flexibilidade, capaz de construir plataformas e navios de diversos tipos. É uma indústria globalizada. No Brasil temos ao lado de grandes grupos empresariais brasileiros grandes grupo internacionais, sócios e controladores de estaleiros. Essas empresas não realizaram seus investimentos pensando em 2020. Estão vendo muito além.
Atualmente, assistimos uma colaboração internacional inédita, cascos de plataformas convertidos em estaleiros internacionais são transportados ao Brasil para receber a integração com os módulos de processo. São oportunidades de empreendimentos e de geração de emprego que nos desafiam e para as quais precisamos nos preparar.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore
Artigo para o jornal O Fluminense