A LLX Logística, empresa criada por Eike Batista e cujo controle acionário passou às mãos da gestora americana EIG, aguarda autorização para um novo terminal no porto do Açu, em São João da Barra (RJ). O pedido de autorização foi protocolado junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e refere-se a um terminal portuário multicargas no TX2, o terminal em terra do porto dedicado a atender empresas ligadas à indústria de petróleo e gás.
A LLX confirmou que protocolou junto à Antaq pedido de ampliação de autorização existente no Açu, porto que opera como terminal privado. O Açu já conta com licença da Antaq para a operação do terminal especializado na exportação de minério de ferro, o chamado TX1. A Antaq também confirmou o pedido feito pela LLX via subsidiária que cuida do projeto do porto: “Há pedido de ampliação da instalação da LLX-Açu, com tramitação regular na agência.”
A LLX se valeu de prerrogativa da nova lei dos portos para solicitar a autorização. Pela nova regra, o terminal privado, situado fora da área do porto organizado que tenha interesse em ampliar suas instalações, não precisa se submeter ao anúncio público desde que a ampliação não exceda 25% da área original. O anúncio público é um processo seletivo para escolha de projetos privados instituído pelo governo com a nova lei dos portos.
Ontem, a empresa informou que quase 95% das ações disponíveis no aumento de capital para a entrada do grupo EIG na companhia foram subscritas até 21 deste mês, quando terminou o primeiro período para aquisição das sobras da capitalização. Até o momento, foram adquiridos 1,03 bilhão de papéis do total de 1,08 bilhão que serão emitidos na operação. A segunda rodada de venda de sobras terá início hoje e vai até quinta-feira. Os acionistas poderão comprar 0,18 ação para cada papel subscrito no primeiro período adicional de direito de preferência.
De acordo com a companhia, se após esse nova rodada ainda restarem ações representativas de mais de 0,5% do total de novos ativos a serem emitidos, haverá um terceiro período de subscrição. Caso contrário, haverá apenas um leilão das sobras, seguido pela homologação da operação pelo conselho. As ações foram emitidas por R$ 1,20 cada, em operação que trará mais R$ 1,2 bilhão à companhia de logística. O grupo EIG vai garantir a totalidade da operação, caso não haja interesse dos minoritários. Eike Batista não vai participar da operação sendo diluído.