A OSX Brasil anunciou nesta quarta-feira que sua subsidiária OSX Construção Naval renovou um contrato de empréstimo da Caixa Econômica Federal destinado à implantação da unidade de construção naval do Açu, no valor de R$ 461,4 milhões. O contrato foi renovado por 12 meses, a partir de 19 de outubro.
O contrato de garantia desse empréstimo, firmado com o banco Santander, também foi aditado pelo mesmo prazo. Conforme anunciado no mês passado, o empréstimo similar obtido com o BNDES teve o vencimento prorrogado em 15 de outubro por 30 dias, e conta com garantia do Banco Votorantim.
A OSX Construção Naval firmou com os dois bancos, Santander e Votorantim, acordos de “standstill”(congelamento da situação atual), válidos até outubro de 2014, incluindo cláusulas relativas ao possível exercício do direito legal à recuperação judicial da companhia.
Segundo o comunicado, “a OSX vem trabalhando com os agentes financeiros para adequar seu perfil de endividamento às necessidades de curto, médio e longo prazos visando ao desenvolvimento dos seus projetos”.
Fonte: Valor – Daniela Meibak
OSX vai reduzir área ocupada no porto do Açu
A decisão da OSX de negociar a devolução de áreas de seu estaleiro no porto do Açu, no norte fluminense, pode fazer com que a empresa de construção naval de Eike Batista fique com, no máximo, metade do terreno original do projeto. Fontes ouvidas pelo Valor dizem que a empresa poderá reter entre 30% e 50% da área original do estaleiro. No total, a OSX arrenda 3,2 milhões de metros quadrados da LLX, a empresa de logística de Eike, no Açu, em São João da Barra (RJ). A OSX ocupa hoje uma área nobre do porto, no chamado TX2, terminal em terra ligado ao mar por um canal de navegação. O terreno do estaleiro tem saída direta para o mar e cais para atracação de navios de apoio marítimo ligados à indústria de petróleo e gás. O conselho de administração da OSX aprovou o início de negociações com a LLX para chegar a um modelo de “estaleiro reduzido”. A informação consta em ata da reunião do conselho realizada no dia 25 de outubro e divulgada ontem. As discussões passam por devolução de áreas em contrapartida ao fim de obrigações de investimento. As negociações para devolver a área oficializam uma decisão que era amadurecida na empresa há mais tempo, segundo uma fonte que conhece o projeto.
O estaleiro do Açu nasceu com um projeto para construir 48 plataformas para a OGX, empresa-irmã que entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio. Como o estaleiro estava em obras, a construção de plataformas foi iniciado na Ásia com a encomenda de três unidades.
A OSX tinha previsão ainda de construir onze navios-tanque para a Kingfish, mas o contrato foi cancelado. Restam em carteira a construção de módulos para duas plataformas da Petrobras e um navio de apoio marítimo, segundo fontes próximas da empresa. Com a reestruturação da carteira, o estaleiro da OSX no Açu também vai passar por mudanças. Os novos controladores da LLX, a americana EIG, vê no Açu potencial para desenvolver o porto como base de apoio para as operações da indústria de petróleo.