Casco da 1ª sonda para perfuração ultraprofunda do pré-sal chega em janeiro

  • 17/01/2014

RIO – Uma boa notícia para a Petrobras e a sua presidente, Maria das Graças Foster, que acompanha a execução dos prazos de entrega de equipamentos com rigidez. A parte inferior do casco (lower hull) da primeira sonda destinada a perfuração em águas profundas no pré-sal chegará ao Brasil em fins de janeiro de 2014. O casco construído em Cingapura se destina à sonda semissubmersível Urca, a primeira de um total de 28 afretadas pela Petrobras à Sete Brasil. Segundo a empresa, o casco já está a caminho.

A estrutura está sendo transportada pelo navio Dockwise Vanguard, pelo sistema de transporte seco (dry tow), que segundo informou a Sete Brasil, é mais seguro, rápido e eficiente. Essa sonda será entregue à Petrobras em 2016.

Ao chegar ao Brasil, o casco da Urca desembarcará no estaleiro Brasfels, da Keppel Fels, em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, onde será dada continuidade aos trabalhos de instalação dos blocos da estrutura superior da sonda, que atualmente estão sendo construídos no Brasil, assim como aos serviços de integração, comissionamento e testes de todos os seus sistemas.

A Sete Brasil explicou que o casco da sonda de perfuração Urca é o primeiro que chega ao Brasil, mas essa sonda, no entanto, será o segundo equipamento para perfuração em águas ultraprofundas que será entregue à Petrobras. O primeiro equipamento será o navio-sonda Arpoador, atualmente em construção no estaleiro Jurong,. Esses dois equipamentos terão 55% de Conteúdo Local. O Brasfels construirá outras cinco sondas semissubmersíveis encomendadas pela Sete Brasil.

A Sete Brasil foi criada com o propósito de gerir sondas do pré-sal para a Petrobras, e viabilizar sua construção no país. A própria Petrobras é acionista da Sete Brasil (com 10% do capital), associada a fundos de pensão e bancos. A primeira sonda está prevista para ser entregue em dezembro de 2015 e a última, antes do fim de 2019. Os equipamentos terão capacidade de perfurar a uma profundidade de 10 mil metros (em 3 mil metros de distância do nível ao fundo do mar). Os modelos contratados terão comprimento total de 108 metros, deslocamento operacional de aproximadamente 45 mil toneladas e capacidade para receber uma tripulação de até 160 pessoas.

Ao todo a Sete Brasil contratou a construção de 29 sondas para exploração em águas ultraprofundas em cinco estaleiros brasileiros (Brasfels, Jurong Aracruz, Rio Grande, Enseada do Paraguaçu e Atlântico Sul). Destas, 28 serão afretadas à Petrobras e terão conteúdo local mínimo variando entre 55% e 65%.

 

Fonte: O Globo – Ramona Ordoñez

 

17/01/2014|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , , , , |