DNV GL, consultora e certificadora internacional de navios, divulgou relatório sobre o futuro uso de combustíveis alternativos para o transporte marítimo, registrando que mais de 20% dos navios adotam soluções híbridas para propulsão incluindo tecnologias de armazenamento de energia com o uso de baterias.
O fator que impulsiona o uso de combustíveis alternativos é o desejo de reduzir emissões atmosféricas que produzem o efeito estufa para atender os novos regulamentos de poluição do ar.
“A frota mercante global consome cerca de 330 milhões de toneladas de combustíveis, anualmente. Cerca de 80% a 85% é de combustível residual com elevado conteúdo de enxofre”, diz Christos Chryssakis, pesquisador sênior da DNV GL, gerente da equipe que produziu o relatório.
“O transporte marítimo precisa mudar e precisamos contribuir com técnicas, procedimentos operacionais e combustíveis alternativos para atender aos desafios de controle de emissões atmosféricas que serão exigidos. No longo prazo o transporte marítimo de curta distância deverá aproveitar oportunidades de combustíveis locais, como o biogás, biodiesel, metanol, energia elétrica captada nos portos e células de hidrogênio. O transporte marítimo de longo curso necessita de combustíveis disponíveis globalmente, sendo a tendência a adoção do gás (LNG) e biodiesel, que precisam estar disponíveis. A energia nuclear sofre com a visão negativa do público sobre sua utilização, mas no futuro poderá ser considerada com a comprovação que sua utilização é segura. Energia renováveis, solar e eólica, podem ter algum potencial para reduzir emissões de carbono, mas não é considerada viável como uma alternativa em larga escala para o transporte marítimo comercia,” diz Chryssakis.
O relatório contém o debate sobre como superar o desafio neste período de transição em direção a um transporte marítimo mais sustentável. O adoção de novas tecnologias vai desafiar as empresas operadoras de frotas marítimas e a DNV GL está liderando um processo de qualificação de tecnologias para assegurar que funcionam conforme o esperado, disse Chryssakis.
Fonte: DNV GL – World Maritime News