Rio de Janeiro – Entre os principais desafios da indústria naval do país está a formação e a qualificação de mão de obra especializada que possibilite o aumento da produtividade e da competitividade dos estaleiros e o desenvolvimento de novas tecnologias e inovação na rede de fornecedores de conteúdo local para o setor. A avaliação é do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
A crescente demanda do setor por plataformas de prospecção e exploração, por navios de grande porte e de apoio às atividades offshore (em mar), principalmente para atender a Transpetro – o braço logístico da Petrobras –, já levou a um aumento considerável na geração de emprego no setor naval.
Segundo dados do Sinaval, os estaleiros do país empregavam, em 2000, o total de 1.910 pessoas. Desde então, esse número vem crescendo ano a ano e, em 2008, chegou a 40.277 metalúrgicos empregados. Em setembro do ano passado, segundo o último relatório do Sinaval, o número de trabalhadores do setor somou 78 mil pessoas.
Com a construção de quatro novos estaleiros, outros 30 mil empregos deverão ser gerados nos próximos dois anos. Deste total, 39,05% – 32.698 empregados – estavam na Região Sudeste; 30,97% – 24.201 trabalhadores – no Sul; 15,97% – 12.482 metalúrgicos – no Norte; e 11,21% – 8.755 trabalhadores – no Nordeste.
Até setembro de 2013 estavam em andamento, no país, 373 obras envolvendo navios graneleiros, porta-contêineres, petroleiros, navios de produtos derivados, gaseiros, navios de apoio marítimo, comboios fluviais e rebocadores portuários.
Desde 2001, quando os desembolsos do setor somavam R$ 300 milhões, o setor já movimentou investimentos de R$ 22,7 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões foram desembolsados de janeiro a outubro de 2013.
Fonte: Agência Brasil/Nielmar de Oliveira