Vem bem a calhar a iniciativa – mais uma, diga-se de passagem – que a Fiergs lidera hoje, terça-feira, com encontro sobre um novo modelo que o Estado deve perseguir para ampliar uma espécie de segundo estágio do polo naval daqui. A ideia é incentivar os negócios de fabricantes de equipamentos para a indústria de óleo e gás, não ficando apenas na dependência dos estaleiros. Afinal, quando param as encomendas de novas plataformas, mesmo por algum período, muitos trabalhadores perdem o emprego.
Foi o que se viu aqui no caso da Quip quando foram concluídos, no ano passado, os serviços contratados para a Petrobras. E a indústria de prestadores de serviços também sofre as consequências. “Queremos desenvolver uma rede de indústrias, um tipo de segunda geração, que poderá produzir para outros estaleiros do Brasil e do Exterior. A ideia é evitar o eletrocardiograma, como se vê, quando só existe a dependência dos estaleiros” afirma o diretor da Fiergs, Marcus Coester.
Nesta terça-feira à tarde, cerca de 50 empresas participarão de um encontro com a cônsul-geral da Noruega no Rio e representante das organizações comerciais daquele país, Helle Moen, quando a diplomata apresentará os mecanismos de desenvolvimento industrial em operação. Apesar da baixa expressiva de petróleo no Mar do Norte, a indústria local continua com alto volume de produção por ter desenvolvido um novo nicho de atuação. Helle, que nesta segunda-feira à noite participa de um jantar com o vice-governador Beto Grill em retribuição à visita que ele fez ao país, também visitará nesta terça o Tecnosinos.
Também participarão do workshop na Fiergs representantes da gigante norueguesa Aker, que busca parceiros no país. A indústria é líder mundial em equipamentos de perfuração e tecnologia no fundo do mar.