Ensino técnico federal cresce 110% em três anos e atinge 550 mil matrículas

  • 25/02/2014

As matrículas em cursos técnicos de nível médio na rede federal registram expansão de 110% nos primeiros três anos do governo da presidente Dilma Rousseff. As vagas abertas passaram de 263,4 mil em 2010 para 553,2 mil no ano passado.

Os números sobre a oferta de educação profissional no Brasil serão apresentados hoje pelo Ministério da Educação (MEC) dentro do anúncio da edição 2013 do Censo Escolar da Educação Básica.

O crescimento das matrículas nos institutos técnicos de educação profissional e tecnológica decorreu da expansão iniciada em 2005, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do foco da atual administração no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que contabiliza desde 2011 quase 6 milhões de vagas criadas em várias modalidades de cursos profissionalizantes nos sistemas público e privado.

Gráfico Valor Mão de Obra

O Centro-Oeste se destacou no mapeamento do ensino técnico federal no país. No ano passado foram registradas 49,5 mil matrículas na região contra 26 mil no primeiro mandato de Dilma, um crescimento de 90%. Nos três anos, Goiás mais que duplicou as vagas, passando de 10,7 mil para 22,9 mil. No Distrito Federal, a expansão das matrículas foi de 210% no período, passando de 2,1 mil para 6,6 mil.

A atividade econômica aquecida – em função do agronegócio – e uma base pequena de escolas técnicas explicam o avanço mais forte da oferta de vagas na rede federal do Centro-Oeste.

Beneficiado por melhor infraestrutura e ampliações de escolas já existentes, o Sudeste teve o segundo melhor desempenho na criação de vagas. A oferta na região subiu 49% entre 2011 e 2013, totalizando 167,5 mil matrículas. “O Estado de Minas Gerais destaca-se com 95,2 mil matrículas em cursos técnicos por possuir o maior número de campi em funcionamento”, explicou a área técnica do MEC.

No Nordeste, as vagas passaram de 121,7 mil em 2011 para 174,1 mil em 2013, expansão de 43%. Na região Norte, as matrículas cresceram quase 35% no período, enquanto a variação no Sul ficou abaixo de 20%.

O MEC informou ao Valor que pretende chegar ao fim de 2014 com 618,9 mil matrículas na rede federal de educação profissional e tecnológica – crescimento de 12% sobre o total de vagas no ano passado. Essa meta representa desaceleração em relação ao ritmo de crescimento verificado nos últimos três anos.

De acordo com dados oficiais, entre 2011 e 2013 o governo federal inaugurou 116 institutos técnicos de educação profissional e tecnológica. A expectativa para este ano é que sejam abertas 92 escolas. Dessa vez, o alvo é o Nordeste, onde está prevista a inauguração de 38 unidades. Outras 20 estão planejadas para o Sudeste e 12 para o Sul. A regiões Norte e Centro-Oeste esperam 11 escolas cada.

Os cursos profissionalizantes superiores (que formam tecnólogos) registraram 194,8 mil matrículas em 2013, número que representa alta de 26% sobre as 154,7 mil vagas verificadas em 2011 nas instituições vinculadas ao governo federal. Já a oferta federal de cursos profissionalizantes de curta duração (FIC) cresceu apenas 1,3% no período, para 78,7 mil vagas.

 

Fonte: Valor Econômico – Luciano Máximo | De São Paulo

 

25/02/2014|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , , , |