O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL) divulgou nota nesta sexta-feira em apoio ao esforço da Petrobras de aumentar a produção brasileira de petróleo e em defesa da manutenção da política de conteúdo local. O SINAVAL também ratificou seu compromisso com a eficiência e a produtividade da retomada dessa indústria.

A entidade lembra que os principais competidores da indústria naval internacional Japão, Coréia do Sul e China levaram cerca de 30 anos para atingir níveis de competitividade: A construção naval brasileira já apresenta resultados em 14 anos de operação, compara.

A nota foi divulgada poucos dias após lobistas atribuírem à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, supostas ameaças de abandonar o conteúdo nacional, para priorizar a produção de óleo.

Como o MM informara, empresários presentes ao encontro com a executiva negaram que, em algum momento, ela tenha dito que o conteúdo local estaria comprometido.
O presidente do SINAVAL, Ariovaldo Rocha, destacou que o programa de conteúdo local na construção de navios e plataformas de petróleo é essencial e estratégico para que os objetivos da Petrobras e do país sejam atingidos.

E destacou a importância do setor na geração de emprego e renda, expressos em 78 mil vagas diretas em diversos estados, com investimentos próprios e financiamentos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), que representam cerca de R$ 60 bilhões, já realizados e em obras em andamento de embarcações, navios-sonda e novos estaleiros.

E acrescenta que o setor ainda gera cerca de 300 mil postos indiretos na indústria brasileira fornecedora de equipamentos e serviços. Tais números são consequência da bem-sucedida política pública de conteúdo local implementada pelo então presidente Lula e ratificada pela presidenta Dilma Rousseff, que conta com o apoio da sociedade brasileira, dos sindicatos dos trabalhadores e de investidores nacionais e internacionais, destaca a entidade.

Fonte: Monitor Mercantil