A WEG, fabricante de motores elétricos e equipamentos eletrônicos, conseguiu manter suas margens de rentabilidade no resultado do primeiro trimestre, disse ao Valor o presidente da companhia, Harry Schmelzer Jr. “Recuperamos esse desempenho em 2013, quando nosso lucro cresceu 28%, afirmou o executivo”.
A empresa divulgou ontem aumento de 18,9% no lucro do trimestre, que somou R$ 204,9 milhões, gerando uma margem de 11,5%. O Ebitda no período foi de R$ 299,6 milhões (maior 20,4% ante um ano atrás), com margem de 16,8%. A receita líquida subiu 20,7% na mesma base de comparação, para R$ 1,78 bilhão.
“Verificamos um crescimento importante na área de bens de capital de ciclo de curto prazo, que voltou a ser mais competitivo em decorrência da desvalorização do dólar”, afirmou Schmelzer. “Também tivemos expansão de 6,4%, em dólar, nas operações externas”.
A WEG se beneficiou ainda das vendas ao setor de energia, com maior encomenda de equipamentos, principalmente para transmissão. Isso foi fruto dos leilões de energia em 2013, que geraram pedidos para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e eólicas.
“Temos percepção de que os investimentos na área de geração de energia vão acontecer de forma mais acelerada em diversas fontes e sentimos que há uma maior demanda por equipamentos – motores e sistemas elétricos – em busca de maior eficiência e racionalização do consumo”.
O desempenho do trimestre, destacou o executivo, é decorrente principalmente de crescimento orgânico e favorecido também pelo câmbio, que trouxe uma maior competitividade nas exportações. “Apesar de estarmos ampliando nossa fabricação no exterior, a WEG continua a ser uma grande exportadora a partir do Brasil”.
Segundo Schmelzer, no primeiro trimestre, as exportações a partir do país responderam por 61% da receita externa, que atingiu R$ 888 milhões (metade de toda a receita da companhia). Os grandes sites no exterior são México e China. A WEG atua em quatro áreas de negócios: equipamentos eletrônicos industriais, geração, transmissão e distribuição (GTD), motores domésticos e tintas e vernizes.
O segundo trimestre, com eventos da Copa e economia desaquecida, segundo o executivo não deve afetar o resultado da empresa. “Somos muitos focados em produtos industriais, onde acreditamos que a Copa vai influir pouco”, afirmou Schmelzer.