Há duas semanas, esta coluna denunciou atrasos na entrega de navios e plataformas pelos gigantes asiáticos, conforme dados da Petrobras. Em 2011, de 16 sondas, só chegaram a portos brasileiros dez unidades, com atraso total de 542 dias. Já em 2012, houve atrasos em 13 unidades produzidas pela China e seus vizinhos; o menor atraso foi de 81 dias, e o maior, de quase três anos – 864 dias – ocorreu com o equipamento Schain Amazônia, produzido na China.

Quando há atrasos no Brasil, o mundo vem abaixo, embora aqui os pagamentos sejam feitos em reais e tanto encomendas como serviços sejam a empresas e trabalhadores nacionais, ou seja, a riqueza permanece por aqui. Já em contratações externas, os pagamentos são feitos em moeda estrangeira e, como se vê na imprensa, é mais fácil haver corrupção em contratações feitas no outro lado do mundo.

Agora, nova informação vem de fonte oficial. A Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), destaca atraso nas embarcações encomendadas na China pela Barcas S/A para o transporte na Baía da Guanabara. A primeira das sete embarcações deveria chegar em setembro próximo, mas já se anuncia que o novo prazo é novembro, embora possa, tranquilamente, passar para 2015 – para desespero dos usuários de barcas que, pelo tempo de uso, já poderiam ter sido tombadas pelo patrimônio histórico.

Fonte:Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta