Luiz Maurício Portela, presidente do Grupo CBO
Pronunciamento na entrega à operações do CBO Ipanema
Hoje vamos batizar a vigésima terceira embarcação da CBO, o “CBO Ipanema”, um PSV 4500, projeto PX 105. A nova frota da CBO que começa com o “CBO Campos” é composta de embarcações modernas e com idade média de cinco anos.
Inicialmente gostaria de agradecer a Sra. Elza da Conceição Coelho Fortes, que gentilmente aceitou batizar e proteger a nossa embarcação “CBO Ipanema”. É muita justa essa homenagem a D. Elza e ao nosso amigo Abelardo Correa Fortes.
Além da tradição marítima do batismo de uma embarcação, esse momento, em especial, tem um grande significado. Abelardo Corrêa Fortes é o primeiro funcionário da CBO. O número 1. Como sabemos a liderança se exerce por exemplos e entre esses exemplos está o Abelardo.
O nosso Abelardo ingressa na CBO no ano de sua criação, em 1978. Está na empresa há 36 anos. Atualmente é coordenador de manutenção dos motores dos navios de propulsão diesel-elétrica, os mais modernos da frota da empresa.
Abelardo tinha 32 anos quando começou a trabalhar na CBO, na manutenção e reparos dos motores dos navios. Sua formação continuou a tradição familiar do pai e do tio, donos de oficinas mecânicas em Belém do Pará, para reparos de motores das embarcações do transporte fluvial local.
Abelardo foi formado pela escola técnica do SENAI, em Belém, em comandos elétricos e mecânica. Trabalhou para a Petrobras na atividade de condutor de embarcações. Tornou-se chefe de máquinas.
A trajetória profissional do Abelardo nos mostra que apesar das dificuldades, existe no Brasil uma rede de formação de recursos humanos e que as oportunidades de trabalho no setor marítimo apresentam grande sustentabilidade, para quem como o Abelardo, leva a sua vida profissional a sério, estudando sempre e com grande competência.
Nestes 36 anos, a CBO contratou a construção no Brasil de diversas classes de navios de apoio marítimo, sempre avançando para a tecnologia mais atualizada. A equipe da CBO, da qual Abelardo faz parte, adquiriu experiência e estabeleceu um padrão de excelência nas suas operações.
Abelardo é certificado pelo fornecedor dos motores dos nossos novos e mais modernos navios. Foi reconhecido pela sua competência e experiência para realizar as intervenções necessárias, inclusive durante o período de garantia do fabricante.
Entre outros fatores o conhecimento técnico e a experiência são fundamentais para o ganho de produtividade de qualquer empresa de operação marítima ou para o gerenciamento de um estaleiro.
Agradecemos ao Abelardo disponibilizar o seu grande conhecimento e dedicação a nossa empresa. Muitos dos avanços que tivemos se devem ao Abelardo e também a outros “Abelardos” que ajudamos a desenvolver e aprendemos a admirar.
Hoje o Grupo CBO avança em direção a novos desafios.
Por isso, este momento tem vários significados, além da tradição marítima do batismo do navio. É um momento de reconhecimentos.
Reconhecimento da capacidade técnica de toda a equipe do Grupo CBO e dos novos colegas que vieram para nos ajudar nesse novo caminho. Sempre consideramos o capital humano como o verdadeiro fator de impulso e produtividade na empresa.
Reconhecimento aos novos acionistas pelo investimento já realizado e pelos planos futuros na construção de novos ativos marítimos e industriais.
Reconhecimento ao Ministério dos Transporte e ao BNDES pelos financiamentos do Fundo da Marinha Mercante.
Reconhecimento à Petrobras que implementou o Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo.
A CBO realizou as primeiras construções de embarcações modernas da Navegação de Apoio Marítimo no Brasil em 1998, dando início a retomada da construção naval que hoje emprega mais de 70 mil trabalhadores.
Esses investimentos só foram possíveis porque a Petrobras, na época, concordou com a nossa proposta estratégica de incluir os fornecedores locais no seu planejamento de longo prazo.
Hoje, 16 anos depois, a CBO venceu a licitação da Petrobras para a construção e operação de mais dois navios de apoio marítimo tipo PSV, e de quatro navios do tipo AHTS, de reboque, suprimento e manuseio de âncoras.
Todos serão construídos no Brasil, nos estaleiros do Grupo CBO, o Estaleiro Aliança, o Estaleiro Oceana e a Aliança Offshore.
O setor de Petróleo e Gás vem passando no Brasil por grandes transformações, projeta-se que a produção brasileira chegará a mais de 4 milhões de barris por dia em 2020.
O desafio para alcançar esse numero é imenso. Estamos tirando petróleo de camadas cada vez mais profundas e mais distantes da costa. A logística é altamente complexa, mas é nesse mercado que queremos trabalhar.
Hoje o país tem cerca de 370 embarcações relevantes atuando no setor, sendo somente 142 de bandeira brasileira, produzidas no Brasil. Esse cenário está mudando.
O Brasil domina a tecnologia de construção dessas embarcações e parte relevante desse crescimento será construído no Brasil, em estaleiros próprios, com mão de obra local, gerando empregos, riqueza e impostos para os estados e municípios, que por sua vez se transformam em benefícios para todos.
O Grupo CBO, com seus novos acionistas Vinci Partners, P2Brasil e BNDESPAR, está firmemente posicionado nesse mercado de serviços offshore e de construção naval, iniciando agora, uma nova fase da sua bem sucedida existência.
Nossos novos acionistas acreditam firmemente na expansão local deste mercado e com certeza a equipe do Grupo CBO participará desse futuro promissor e de grande possibilidade de crescimento profissional na empresa.