O segmento naval e de óleo e gás registrou no primeiro trimestre de 2013 contratos e novos negócios para 17 empresas, sendo 14 grandes corporações internacionais. Em oito áreas: projetos, sistemas de navegação, integração de módulos, motores, fornecimento de combustíveis a navios, tintas e guindastes foram registradas novos contratos que resultaram em investimentos em unidades industriais locais ou acordos com empresas locais.
Esses registros, com informações divulgadas pela imprensa e pelas próprias empresas, comprovam que grupos internacionais estão se adequando a regras do conteúdo local.
A participação das grandes empresas no setor da construção naval mostra a capacidade, tecnológica e de investimentos, para atender demanda por navios e plataformas de petróleo.
Entre os mil maiores grupos empresariais brasileiros, listados pela publicação anual Valor 1000 (agosto 2012), 29 tem interesses diretos na construção naval brasileira. Participam do capital de estaleiros 17 empresas, entre as maiores do país. São fornecedoras de materiais, equipamentos e sistemas aos estaleiros 12 empresas entre as maiores do país e listadas entre as maiores no mercado mundial. O levantamento foi realizado para o SINAVAL pela Ivens Consult Informação Estratégica.
Entre as grandes empresas brasileiras que participam acionariamente de estaleiros estão: Odebrecht, OAS, UTC, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Engevix, BTG, Pátria, Inepar, Promom, Construcap, Tomé, EBX, Setal, Toyo, Keppel, Jurong Vard e PJMR. Participam em consórcios para integração de módulos de produção as empresas: Mendes Junior, Techint e Technip. É uma afirmação relevante da inserção da construção naval na economia e negócios locais, com benefícios para empresas e trabalhadores.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore