Em solenidade que aconteceu em Brasília, o Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Portos (SEP), assinou com a Enseada Indústria Naval o contrato que autoriza a criação de uma instalação portuária, na modalidade de Terminal de Uso Privado (TUP), para o estaleiro que está sendo implantado em Maragojipe, no Recôncavo Baiano. Participaram do evento o Ministro dos Portos, César Borges, o presidente da Enseada, Fernando Barbosa, e o diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade da Enseada, Humberto Rangel.
O Terminal de Uso Privado contará com uma área de 17 mil m², na qual serão investidos R$ 85 milhões pela Enseada. O TUP será destinado à movimentação de cargas voltadas para a construção naval, como equipamentos, chapas, perfilados, consumíveis, tintas, entre outros. O Terminal terá capacidade anual de movimentação de 15 mil toneladas e capacidade instalada de 20 mil toneladas por ano.
Segundo Humberto Rangel, a instalação de um TUP permitirá o aumento da produtividade do estaleiro e irá desafogar o sistema viário do entorno. “Há mais de um ano, estamos pleiteando a criação de um Terminal de Uso Privado em nossas instalações. Com essa autorização, a chegada por via marítima, vai aumentar nossa capacidade de produção”, explica Rangel.
A Enseada tem a expectativa de que o terminal entre em operação ainda este ano, após a emissão do TLO (Termo de Liberação de Operação) pela ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). A autorização terá vigência de 25 anos, a partir da data da assinatura do contrato, podendo ser prorrogada após esse período.
Sobre a Enseada Indústria Naval
A Enseada Indústria Naval é formada pelas empresas Odebrecht, OAS, UTC e a KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd.) e possui investimentos na ordem de R$ 2,6 bilhões no Recôncavo Baiano. Sua carteira de contratos inclui, na Bahia, a fabricação de seis navios sonda para a Sete Brasil e, no Rio de Janeiro, a conversão dos cascos de quatro navios VLCCs em FPSOs para a Petrobras.
A matriz da Enseada está localizada no município de Maragojipe (BA), com uma área de 1,6 milhão de metros quadrados, dos quais 400 mil são destinados à preservação ambiental. Quando estiver operando a plena capacidade, poderá processar até 36 mil toneladas de aço por ano trabalhando em regime de turno único, o que permite uma ampla margem de produção, construindo navios de altíssima especialização, que poderão ser fabricados simultaneamente.