Diante de problemas nos estaleiros Eisa (Rio) e Iesa (RS), esta coluna procurou a Transpetro para esclarecimentos sobre as encomendas aos estaleiros. A subsidiária da Petrobras lembrou, inicialmente, que os programas de modernização da frota (Promefs I e II) implicaram contratação de 46 navios e 20 comboios hidroviários, por R$ 11,2 bilhões. Falta contratar três navios – “bunkers”, que são fornecedores de combustível – e a estatal revela que essa licitação está em curso, com o que se atingirá o total previsto, de 49 navios. A Transpetro – presidida por Sérgio Machado – não tem navios encomendados ao Eisa (RJ), mas ao Mauá – do mesmo grupo Sinergy, de German Efromovich. Informa-se que a Transpetro está monitorando a situação do Mauá, que passou a usar o nome Eisa Petro Um e que, nesse caso, a estatal está fazendo pagamentos de cada item devido, para evitar desvios.
Sobre isso, disse a empresa: “Cabe ressaltar que a Transpetro tem como procedimento padrão o acompanhamento contínuo das obras de construção das suas embarcações em todos os estaleiros com os quais possui contratos vigentes de compra e venda.” Sobre o quadro de encomendas, a situação é a seguinte: Estaleiro Atlântico Sul (EAS-PE) – dos 22 navios contratados, entregou três e pretende aprontar os 19 restantes, de forma escalonada, até 2020; Estaleiro Eisa Petro-Um (antigo Mauá)- tem contratos com a Transpetro para a construção de 12 navios e deverá entregá-los até 2018; Vard Promar – “estão contratados oito gaseiros, que deverão ser entregues até 2017”.
O atual cenário mostra problemas localizados e algum atraso nas entregas. Mesmo assim, a opção de construir navios da Transpetro e plataformas, da Petrobras, no país – de Lula e Dilma – é incomparavelmente melhor a se importar essas unidades, gerando empregos na distante Ásia.