Centro de tecnologia e gestão de suprimentos

  • 05/11/2014

Atuação em centros regionais de tecnologia e a gestão da rede de suprimentos são os temas desta seção Gestão e Inovação. A implantação do Instituto de Inovação e Tecnologia da Ecovix, vencedor do 3º Prêmio Naval de Qualidade Sustentabilidade de 2013, e a parceria do Grupo Forship com Universidade Federal do Rio Grande (FURG), são iniciativas que fortalecem o Oceantec — Parque Científico e Tecnológico do Mar, em Rio Grande.  A gestão da rede de fornecedores com foco na produtividade é o tema de Chris Thomassen, analista de negócios sênior na IFS, provedora sueca de soluções de gestão integradas para indústrias orientadas a projetos.

 

Implantação do Instituto de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da ECOVIX

A ECOVIX-ENGEVIX Construções Oceânicas foi vencedora de 3º Prêmio Naval de Qualidade e Sustentabilidade (PNQS), de 2013, com o projeto de implantação de se centro tecnológico. Informações sobre estaleiros premiados podem ser conhecidas em: aro.org.br/premio/premiados/

A ECOVIX confirmou interesse em participar do Parque Científico e Tecnológico do Mar — OCEANTEC através de assinatura de um Protocolo de Cooperação com a FURG. Dessa forma, estabelece-se o OCEANTEC como local viável para a instalação de um Centro de Inovação e Capacitação da Ecovix-Engevix Construções Oceânicas. Este centro visa auxiliar o estaleiro a alcançar a excelência nessa indústria, constituindo-se no centro de P&D&I da empresa, além de congregar atividades de treinamento avançado e capacitação de pessoal.

Resultados esperados

Os principais resultados diretos esperados a partir da implantação do Projeto TECVIX são os seguintes:

  • Aumento do valor agregado dos produtos negociados;
  • Criação de inteligência de mercado, organizacional e produtiva;
  • Aumento da carteira de encomendas;
  • Aumento da produtividade da mão-de-obra;
  • Inovação tecnológica, tanto de produtos como de processos;
  • Aumento da competitividade;
  • Geração adicional de emprego e renda na região onde os projetos ECOVIX estarão localizados (Rio Grande, RS).

Os seguintes resultados indiretos também são esperados:

  • Projeção do nome da organização em nível internacional;
  • Criação de uma identidade ligada à inovação tecnológica;
  • Reconhecimento da comunidade científica do setor;
  • Aumento de valores intangíveis da organização.

Metodologia

A proposta metodológica apresentada neste documento considera a adoção da inovação como processo, de forma organizada, estruturada e integrada no Planejamento Estratégico da ECOVIX.

Planejamento Estratégico para a Inovação

O TECVIX deverá ter uma característica de “projeto guarda-chuva”, abrigando um conjunto de atividades cujo objetivo seja colaborar com o esforço de criação de uma cultura criativa na área offshore da ECOVIX.

A atuação do TECVIX deve ser estruturada no sentido de promover o desenvolvimento das seguintes atividades, prevendo e alocando os recursos necessários:

  1. Formação de inovadores
  2. Infra-estrutura de apoio à inovação
  3. Processos de inovação
  4. Pesquisa para mapeamento de áreas de oportunidade (v) Geração de propostas de soluções inovadoras
  5. Fase pré-inovação
  6. Programas específicos de desenvolvimento (produto, processos, TI, RH)

Programas

Os recursos do Projeto TECVIX serão alocados em seis programas:

  • Gestão de Tecnologia TECVIX (TEC-MNG)
  • Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos (TEC-RH)
  • Programa de Desenvolvimento de Produto (TEC-PROD)
  • Programa de Desenvolvimento de Processos (TEC-PROC)
  • Programa de Desenvolvimento de Sistemas (TEC-TII)
  • Rede de Incentivo à Inovação da área offshore da ECOVIX (InovaTE)

O TEC-PROC terá foco no aumento da produtividade nas operações da ECOVIX. A meta principal é aproximar aos níveis de produtividade internacionais.

  1. Processos de soldagem (laser, híbridos, otimização)
  2. Automação de processos de soldagem
  3. Métodos Construtivos
  4. Qualificação de mão-de-obra
  5. Lean Manufacturing
  6. Simulação de processos de construção e montagem
  7. Política de Construção e Estratégias de Construção
  8. Planejamento 4D

O Programa de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação para a Inovação (TEC-TII)  tem o objetivo  de desenvolver atividades de tecnologia de informação com foco no atendimento das necessidades dos Programas do TECVIX.

Como exemplo das possibilidades de desenvolvimento que podem ser consideradas, podem ser citadas:

  1. Sistemas de Informação/Interface
  2. Integração de Sistemas
  3. Automatização de rotinas operacionais
  4. Desenvolvimento de Sistemas de Engenharia

A Rede de Incentivo à Inovação da área offshore da ECOVIX (InovaTEC) tem o objetivo de estabelecer um canal para publicar as necessidades de inovação da ECOVIX para a comunidade científica especializada. A Rede InovaTEC, idealizada a partir dos conceitos de inovação aberta, terá como principal objetivo ser um canal para publicar as necessidades de inovação mais urgentes da ECOVIX para a comunidade científica especializada.

Projeto alinhado

O Projeto TECVIX estará alinhado com as iniciativas recentes na área de P&D+I voltadas para a construção naval e offshore, com destaque para a RICINO – Rede de Inovação para a Competitividade da Indústria Naval e Offshore, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (SOBENA), do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) e do Centro de Excelência em Engenharia Naval e Oceânica (CEENO), com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

 

Forship vai integrar o APL Rio Grande e o
Parque Tecnológico Oceantec

5/11/2014

Protocolo de intenções firmado pelo Grupo Forship no final de outubro reforça a parceria com Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e consolida a presença da empresa no Rio Grande do Sul

  • Protocolo reforça parceria para desenvolvimento de pesquisas e inovações tecnológicas na área de engenharia e gestão de comissionamento;
  • Grupo Forship passa a integrar Parque Científico e Tecnológico do Mar (Oceantec) da FURG;
  • Ingresso do grupo no Polo Naval e Offshore de Rio Grande e Entorno (APL), reforça adensamento da indústria naval e offshore em Rio Grande (RS).

Fortalecimento do Oceantec

O Grupo Forship, com sede no Rio de Janeiro, é referência na atividade de comissionamento para início de operações e oferece soluções e serviços de engenharia para plantas industriais dos setores de óleo e gás, petroquímico, indústria naval, energia e mineração.  O protocolo de intenções amplia a parceria com a FURG e marca o ingresso do Grupo Forship no Parque Científico e Tecnológico do Mar (Oceantec), em instalação no campus universitário gaúcho, previsto para ser concluído em 2015. A dupla parceria visa o desenvolvimento de pesquisas e inovação em tecnologias, na área da engenharia e gestão de comissionamento. “O Rio Grande concentra, atualmente, uma das maiores carteiras de projetos na área naval e offshore do Brasil. As empresas que atuam na região teem o apoio da FURG na busca da melhoria de seus processos e, consequentemente, da produtividade de toda a cadeia. Entendemos que esse é o ambiente ideal para inovar e desenvolver novos produtos”, destaca o CEO e Presidente do Grupo Forship, Fábio Fares. “Essa parceria trará benefícios significativos para o grupo em termos competitivos e para a universidade em termos de qualificação de recursos humanos e desenvolvimento de projetos”, afirmou o Vice-Reitor da FURG, Danilo Giroldo.

 

Gestão da rede de fornecedores com foco na produtividade
Por Chris Thomassen — Analista de negócios sênior na IFS, provedora sueca de soluções de gestão integradas para indústrias orientadas a projetos

Os principais custos envolvidos na cadeia de suprimentos, muitas vezes, estão em fatores operacionais necessários para evitar riscos, cumprir prazos apertados ou evitar o desastre completo. Em parte significante dos estaleiros no mundo, a gestão da cadeia de suprimentos tem focado em minimizar os custos através de estratégias como terceirização no exterior, produção em países com baixo custo, otimização de estoques e corte em custos de logística. Operações como estas, para funcionar bem, precisam que fornecedores sejam capazes de coordenar precisamente os prazos e as despesas em transportes.

Desafios

O momento é de contar com fornecedores para assumir mais risco, competir de forma mais agressiva no preço mantendo a qualidade. A cadeia de suprimentos de Oil&Gas são afetadas pelas mesmas tendências econômicas dos outros setores e ainda mais afetadas pelas flutuações no preço do petróleo. A queda atual do preço do petróleo criou uma situação que obriga a redução dos custos associados com a exploração de petróleo, extração e processamento.  Muitos dos proprietários da indústria de projetos descobriram que os fornecimentos não estavam atendendo às expectativas de qualidade. Prazos eram perdidos, o excesso de custos se tornou mais frequente e as especificações não eram cumpridas ou não comunicadas adequadamente.

Fator Chave

Esta demanda leva os proprietários de indústrias orientadas a projetos a se moverem para um modelo de negócios como o de um “Engineering Procurement and Construction” (EPC). Mantendo separadas as atividades de engenharia, fabricação e construção / montagem para identificar a origem dos problemas quando os projetos vão mal.  Garantir orçamentos e cronogramas levou a maior atenção às infraestruturas de Tecnologia da Informação (TI).  Da perspectiva da cadeia de suprimentos, estes desafios de negócios estão forçando as indústrias orientadas a projeto a novas abordagens  em três áreas:

  • Visibilidade e controle da cadeia de abastecimento;
  • Comunicação e confiança entre os parceiros e
  • Gestão de riscos.

Visibilidade e Controle

Grandes cadeias de suprimentos de projetos EPC têm geralmente três, quatro ou mais níveis de valor em centenas, senão milhares de fornecedores e subcontratados. Quanto menos visibilidade e controle, maior é o risco.  Uma solução para este problema consiste em reduzir o número de fornecedores, mas o processo de redução deve começar na camada superior. Cada fornecedor em primeira camada terá os seus próprios em uma segunda camada e assim por diante.  No momento em que a cadeia de abastecimento desce para as camadas três e quatro, pode haver milhares  de fornecedores em um grande projeto, e cada um acrescenta uma grande dose de risco. Ao reduzir o número de fornecedores nas camadas um e dois, a cadeia de abastecimento a ser gerenciada por um único contratante é reduzida consideravelmente.

Comunicação e Confiança

Talhar para baixo a lista de fornecedores e subcontratados de dezenas de parceiros regulares não só reduz o risco, mas o gerente do projeto também é capaz de desenvolver significativa colaboração na cadeia de suprimentos. Ao abrir partes do seu sistema de TI para parceiros confiáveis​​, o líder do projeto pode alavancar completamente o poder dos seus sistemas e seu investimento em TI. O uso de portais que permitem a partes do sistema  está finalmente ganhando força na indústria de EPC.  Empreiteiros e subempreiteiros estão compartilhando projetos e desenhos a um ponto onde a maioria dos aspectos de um projeto são tratados eletronicamente, para que atrasos desnecessários sejam evitados. Além dos desenhos e projetos, manter o projeto em movimento requer metadados de apoio, como as listas de materiais e as programações de entregas. Sistemas eletrônicos devem ter todas essas informações em um banco de dados, em um aplicativo, e de uma forma que seja acessível a todos os parceiros-chave.

Normalização necessária

O trabalho é feito no padrão ISO 15926 para troca de dados que são utilizados no design, construção e manutenção de instalações de petróleo e gás. A norma tem como objetivo reduzir os erros ao automatizar o processo de troca de dados, para reduzir significativamente a quantidade de tempo necessário para transmitir dados.

O título oficial para esta norma é “Sistemas de automação industrial e integração — Integração de dados de ciclo de vida de plantas de processo, incluindo instalações de produção de petróleo e gás”.

Otimizar Cadeias de Suprimentos

A redução de parceiros na primeira camada da cadeia de suprimentos, mantendo apenas os parceiros confiáveis e estratégicos, traz benefícios adicionais como o de proporcionar relações mais estreitas com os fornecedores e subcontratados. A engenharia, por exemplo, pode ter acesso mais ágil ao conteúdo local disponível e evitar especificação de materiais que requeiram importação, ficando a cargo de tais parceiros desenvolverem suas próprias cadeias de suprimentos, em novas camadas, para qualificarem as ofertas requeridas no topo da cadeia. Um dos grandes riscos é a falha no cumprimento do nível de serviço compromissado por um parceiro estratégico. É por isso que se faz algum tipo de Acordo de Nível de Serviço (SLA). É mais sensato se concentrar em uma melhor validação dos subempreiteiros e fornecedores antes de serem contratados. Para se viabilizar cadeias de suprimentos harmonizadas e padronizadas, serão necessárias soluções de gestão voltadas para gestão por projetos. A falta de software de gestão empresarial por projeto reduziu a eficiência de muitas empresas ao longo dos anos. Hoje existem soluções de gestão empresariais, por projeto, que atendem às necessidades específicas da Indústria Naval. Essas ofertas podem ajudar a Indústria a adaptar-se a demandas atuais do mercado e ser bem sucedida em um mercado altamente competitivo.

05/11/2014|Seção: Gestão e Inovação|Tags: |