A sociedade de propósito específico PLSV Subsea Brasil apresentou, na sexta-feira, oferta de R$ 417,5 milhões para ficar com o Estaleiro Caneco, no Rio, que decretou falência em 2006. A Subsea é controlada pela Finco Participações, do empresário Mauro Campos, e pela empresária Patrícia Coelho, da Assgard Navegação.

A informação sobre a composição acionária da Subsea foi repassada pelo próprio Campos, que preside a Rio Nave, empresa que aluga parte da área do Estaleiro Caneco. A oferta da PLSV considerou o pagamento parcelado ao longo de 15 anos.

O envelope com a proposta foi aberta em audiência da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ), instância em que tramita o processo de falência do Caneco.

Conhecida a proposta, considerou-se, porém, que houve discrepância nos termos da oferta da PLSV Subsea Brasil em relação às condições estabelecidas no edital do pregão de venda do estaleiro. Foi concedido prazo de 30 dias para que os credores do Caneco se manifestem sobre a proposta.

Entre os principais credores do estaleiro, estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O administrador judicial da massa falida da Indústrias Reunidas Caneco, Bruno Rezende, requereu 48 horas para se manifestar sobre a proposta da PLSV Subsea Brasil.

Fonte: Valor Econômico – Francisco Góes