A produção de navios nos estaleiros mundiais se apresenta estável. As entregas de navios, nos últimos seis meses, estão na média de sete a oito milhões de toneladas de porte bruto ao mês, por cerca um ano e meio. As informações constam de análise da Clarksons que registram uma expansão da capacidade total da frota mundial em 3,5%, em 2015, e de 4,1%, em 2016. É uma redução em relação a expansão no período 2010-2011, que atingiu 9%, mas ainda é expansão.
Empresas que intermediam espaços de carga e compra e venda de navios (shipbrokers) consideram as informações da Clarksons boa notícia, já que um comportamento moderado do lado da oferta não piora uma situação onde já existe oferta abundante de transporte marítimo.
A expansão da oferta de novos navios é irregular nos diversos segmentos, por tipos de navios. Em três categorias a frota mundial deve apresentar expansão mais vigorosa, em 2016: navios de grande porte (VLGC) para transporte de gás liquefeito de petróleo (LPG) devem ter sua capacidade ampliada em 18% em 2015; Navios petroleiros de grande porte para transporte de petróleo bruto (VLCC) devem expandir capacidade em 6%, em 2015; navios graneleiros do tipo Capesize ( de 150 mil a 400 mil toneladas de porte bruto), devem expandir em 6% a oferta do total da frota, em 2016.