RIO – A Petrobras enviou na manhã desta segunda-feira fato relevante contendo o plano de negócios para o período de 2015 a 2019 à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No documento a empresa informa que vai investir no período US$ 130,3 bilhões, uma redução de 37% em comparação ao plano anterior. São US$ 90,3 bilhões a menos que no plano anterior, de 2014-2018, que previa investimentos de US$ 220,6 bilhões.
A estatal informa ainda que espera vender mais ativos que o planejado inicialmente e que reduziu suas metas de produção. O montante de desinvestimentos em 2015-2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia). A previsão anterior era vender US$ 13 bilhões. A estatal prevê ainda “desinvestimentos adicionais”, totalizando US$ 42,6 bilhões em 2017-2018.
A companhia informou que espera alcançar uma produção total de óleo e gás (Brasil e internacional) de 3,7 milhões de barris de óleo equivalente em 2020. O número é 30,2% menor que os 5,3 milhões previstos antes.
Só no Brasil, a produção de petróleo e gás natural sofrerá uma forte redução nos próximos anos em relação ao plano anterior. Para 2020 a produção prevista agora é de 2,8 milhões de barris diários, contra 4,2 milhões previstos anteriormente — uma queda de 33,3%. Já para este ano a produção ficará em 2,1 milhões de barris por dia contra os 2,4 milhões de barris previstos anteriormente.
Do total do plano de negócios 2015-2019, 83% dos investimentos, ou US$ 108,6 bilhões, vão para Exploração e Produção; 10% para Abastecimento (US$ 12,8 bilhões), 5% para Gás e Energia (US$ 6,3 bilhões) e demais áreas, 2% (US$ 2,6 bilhões).
As premissas usadas pela Petrobras para a elaboração do Plano de Negócios foram: preços dos derivados no Brasil com paridade de importação; preço do Brent (médio) a US$ 60/bbl em 2015 e US$ 70/bbl no período 2016-2019; taxa de câmbio (média a US# 3,10 neste ano, US$ 3,20 em 2016, US$ 3,29 entre os anos 2017 a 2019, e US$ 3,56 em 2020.