A Petrobras deverá reduzir em cerca de 90 navios sua frota de apoio offshore em função do menor número de plataformas que entrarão em operação nos próximos anos. A previsão é do Sinaval, que publicou o Cenário da Construção Naval relativo ao primeiro semestre de 2015.
Segundo o estudo, a carteira de construção de embarcações de apoio dos estaleiros nacionais soma 32 contratos. O Sindicato considerou apenas os contratos em execução devido a dificuldades na aprovação na concessão de recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
Além de barcos de apoio, também será afetada a demanda por petroleiros aliviadores. Considerando-se a necessidade de duas unidades do tipo por plataforma e que o novo plano de negócios tem nove plataformas a menos, a expectativa que haja um decréscimo de 18 navios.
O relatório destaca ainda que o número de sondas a serem construídas no país caiu de 28 para 19 unidades, conforme previsto pelo plano de reestruturação da Sete Brasil. A carteira dos estaleiros brasileiros foi ainda impactada pela decisão de construir os cascos das plataformas P-68, P-72, P-73, P-75 e P-77 no exterior.
Promef
Segundo o Sinaval, a carteira de navios petroleiros soma 29 contratos. O sindicato lembra que há dificuldades na obtenção de financiamentos com os agentes financeiros do FMM, devido ao maior rigor da exigência de garantias, e que o Estaleiro Mauá (Eisa Petro Um), detentor de sete contratos, suspendeu operações recentemente.