Sete Brasil poderá ter US$ 800 mi em aportes

  • 02/07/2015

O aumento de capital da Sete Brasil será uma das últimas etapas da reestruturação da companhia. Neste ano, a capitalização deve ficar entre US$ 700 milhões e US$ 800 milhões.

A Sete Brasil e o BTG Pactual, um dos principais acionistas, ao lado de Bradesco e Santander, estão com diversas frentes de negociação em andamento, a maioria na Ásia. Há grupos na China, Japão, Malásia e Cingapura. A norueguesa Seadrill está entre as interessadas, mas neste momento não é a que está com o processo em discussão mais avançado. Entre os potenciais novos investidores há financeiros e estratégicos.

O formato da operação pode variar conforme o sócio, seguindo o interesse de cada um dos novos investidores. Não se trata de um projeto fechado oferecido pela Sete. Não se conhece o valor atribuído hoje a Sete e, portanto, é difícil estimar a diluição que os atuais sócios podem sofrer. O plano ideal é que não seja necessário acompanhar a capitalização.

Antes de os principais passos da reorganização operacional e financeira da Sete serem finalizados, a Petrobras precisa submeter as novas condições ao seu conselho de administração. A expectativa é que isso ocorra na próxima reunião desse colegiado, prevista para a semana que vem.

O sentimento é que com a divulgação do plano de negócios da Petrobras, na segunda-feira, a estatal possa, finalmente, encaminhar a aprovação do plano da Sete. Não há, segundo uma fonte, grandes entraves para aprovação, apenas alguns ajustes a serem feitos.

A Sete Brasil necessita de US$ 1,2 bilhão para um horizonte de quatro anos. Mas entende que este momento não é o mais adequado para buscar todo capital, dada a depreciação do negócio por conta da reorganização em andamento. “Não há razão para injetar já o total que será necessário para as sondas ao longo de quatro anos”, disse fonte envolvida nas conversas.

A depender do cenário, a companhia pode até retomar o projeto de abertura de capital com oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês).

O futuro novo sócio da Sete, seja financeiro ou estratégico, não deve ser controlador. Será mantida a pulverização do capital entre diversos acionistas. Na sequência de eventos da empresa, falta a assinatura de todos os sócios para a redução do tamanho do projeto da Sete de 29 para 19 sondas. Esse é o único contrato relevante que a Petrobras precisa assinar. Feito isto, serão assinados os distratos das sondas encerradas.

Os passos finais são as assinaturas relacionadas ao equacionamento das dívidas. E, por último, o fechamento da capitalização com um novo sócio. Assim, a expectativa é que não haja definição antes do fim de setembro sobre o tema.

Fonte: Valor Econômico – Graziella Valenti e Francisco Góes
02/07/2015|Seção: Notícias da Semana|Tags: |