Shell vê espaço para crescer mais no Brasil

  • 02/07/2015

O presidente da Shell no Brasil, André Araújo, disse ontem que vê como “tímida” a participação da empresa no país e que há espaço para que a petroleira cresça no mercado brasileiro. De olho em oportunidades, o executivo disse que a companhia avalia “seriamente” participar da 13ª Rodada da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), prevista para outubro.

“A 13ª Rodada, sem dúvida, é uma oportunidade para analisarmos. Já definimos um time interno para avaliar as informações que a ANP está disponibilizando. Vamos olhar seriamente essa oportunidade”, comentou.

Segundo o executivo, a Shell vê espaço para crescer no Brasil. Araújo disse que a empresa possui uma participação forte no país, mas ainda tímida dentro do que o mercado brasileiro pode oferecer.

Questionado sobre o interesse em ativos da Petrobras, o presidente da Shell disse que qualquer oportunidade de aquisição no Brasil será devidamente analisada, quando os ativos forem colocados em disponibilidade”, afirmou Araújo.

De acordo com ele, qualquer oportunidade, seja de aquisição de ativos ou participação em leilões da ANP, será avaliada técnica e comercialmente. “E, obviamente, como todas as companhias de óleo e gás do mudo, há desafios em relação à quantidade de oportunidades e o volume de capital disponível. Vamos analisar e classificar as alternativas dentro da atratividade das áreas que eventualmente sejam colocadas em desinvestimento”, afirmou.

O executivo comentou, ainda, a respeito do projeto de lei do senador José Serra (PSDB/SP), que pode acabar com a regra que obriga a Petrobras a operar no pré-sal em contratos de partilha. Araújo disse que a decisão sobre o modelo cabe ao governo, mas que a empresa defende sempre ter a opção de operar.

“A Shell sempre se posicionou com interesse de ter opções e parte dessas opções é a possibilidade de ser operadora. Gostamos sim de ‘opcionalidade’, mas essa não é uma discussão nossa, é do governo brasileiro”, afirmou.

Araújo disse, ainda, estar satisfeito com o projeto de Libra e que os investimentos na área vão “bem, obrigado”. “Não estou ciente de atrasos em Libra. O projeto continua firme, continuamos mantendo os investimentos no projeto”, comentou o executivo, que disse, ainda, desconhecer informação sobre a descoberta de rochas vulcânicas que poderiam elevar os custos do campo.

Fonte: Valor Econômico – André Ramalho
02/07/2015|Seção: Notícias da Semana|Tags: |