A Transpetro pode ir à Justiça contra o Estaleiro Eisa Petro Um, antigo Estaleiro Mauá, em Niterói, para retomar as obras dos três navios panamax encomendados pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). A subsidiária da Petrobras está em processo de rescisão do contrato para a construção dos petroleiros pela não entrega por parte do estaleiro.
A Transpetro afirma que todos os valores devidos, no total de R$ 900 milhões, foram repassados ao Eisa Petro Um. “A Transpetro está acompanhando de perto a situação e tomará as medidas cabíveis caso a construção das embarcações não seja retomada”, disse a companhia em nota.
Dificilmente, o estaleiro conseguirá entregar os demais 11 petroleiros no prazo. Sem ainda nem começar as obras, o primeiro navio – com capacidade para transportar 48 t de produtos claros – tem início de operação previsto para 2016. Os demais (dois de produtos claros e cinco de escuros) estão programados para ser entregues entre 2017 e 2019.
A subsidiária da Petrobras ainda não teria encomendado o aço para iniciar as obras porque a Caixa não liberou o financiamento do Fundo da Marinha Mercante.
O Promef, programa de modernização da frota da Transpetro, prevê a construção de 49 navios e 20 comboios, com entrega até 2020. Desse total, 12 unidades foram entregues até o momento.
A Brasil Energia Petróleo não encontrou nenhum representante do Estaleiro Eisa Petro Um para comentar o assunto.