A cabotagem pode reduzir em mais da metade o custo do frete para a indústria de alimentos e bebidas, em média 57% em relação ao valor cobrado no transporte rodoviário.
A constatação foi feita por meio de análises de dados da Log-In Logística Intermodal. Em períodos de crise como o atual quando as empresas buscam reduzir ainda mais as despesas, os custos logísticos têm sido um dos principais alvos dos empresários.
“A cabotagem é a solução logística mais vantajosa para distâncias acima de 1.000 Km. Especialmente para os segmentos de alimentos e bebidas, a forma de embalagem e de transporte na cabotagem garante a qualidade e o estado natural dos produtos, evitando contaminação e degradação durante o percurso e mantendo a integridade das cargas”, explica o diretor comercial da Log-In Márcio Arany.
Além do menor índice de avarias nas embalagens, as vantagens do modal em relação ao transporte rodoviário se estendem à redução do tempo de deslocamento e de casos de roubo. A cabotagem também permite a armazenagem nos portos sem custos por tempo determinado, garantido melhor controle da operação e entregas com hora marcada, que é um diferencial da Log-In.
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o volume de TEUs movimentados por cabotagem cresceu 26% entre 2010 e 2013. Apesar disso, o modal representa ainda apenas 9,6% da matriz brasileira de transporte, o que demonstra o potencial de crescimento da cabotagem. O maior incremento vem sendo registrado nas regiões Norte e Nordeste. Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a expectativa para este ano é que as empresas que pretendem aumentar o volume por cabotagem o farão, em média, em 45% e a rota Manaus-Santos é a que deve registrar o maior crescimento.
“O transporte via cabotagem tem aumentado a participação de maior variedade de produtos alimentícios nas duas regiões. O modal permite deslocar grandes quantidades de estoques, deixando as filiais espalhadas no Norte e Nordeste bem abastecidas e eliminando custos com distribuidores e atacadistas”, afirma Arany.