O diretor de engenharia da Petrobras, Roberto Moro, garantiu nesta terça-feira (22/3) que não haverá postergação de prazos nos contratos dos FPSOs próprios encomendados para o pré-sal.
A Petrobras tem dez unidades próprias programadas para entrar em produção até 2019, sendo quatro já no ano que vem. “Nós aumentamos a confiabilidade das nossas entregas e não prospectamos postergações de projetos”, afirmou Roberto Moro, durante conferência com analistas. O executivo confirmou que o primeiro projeto a ser concluído será a P-66, que terão os últimos módulos serão embarcados na Ásia ainda este mês para serem integrados no Brasfels.
Para o ano que vem está planejada a entrada em operação de um total de quatro FPSOs próprios, sendo dois replicantes (P-66 e P-68) e dois na cessão onerosa, campo de Búzios (P-74 e P-76).
Moro fez um balanço dos problemas enfrentados nas obras das unidades próprias da Petrobras e defendeu que manter a maioria dos contratos mediante renegociação das condições foi uma decisão acertada. Dos 11 contratos assinados para as dez plataformas próprias, Moro afirmou que sete tinham problemas, mas apenas um precisou ser rescindido – trata-se do contrato da Iesa para os módulos dos seis primeiros replicantes.
Conteúdo local
Parte da estratégia da Petrobras foi transferir obras para o exterior, o que diminuirá o conteúdo local dos projetos. Quanto a isso, o diretor Financeiro e de RI da empresa, Ivan Monteiro, mostrou-se confiante na mudança de postura do governo em relação a exigência. “Há uma maior tentativa do regulador em atender anseios da indústria de petróleo quanto às formas cumprir os compromissos de conteúdo local”, afirmou o executivo que acredita que há entendimento da ANP sobre as dificuldades enfrentadas pelos fornecedores brasileiros na entrega dos projetos.