A presidenta Dilma Rousseff defendeu a manutenção dos investimentos no reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras, durante evento de incorporação do Navio Doca Multipropósito Bahia, no porto de Salvador (BA), dia 6/4/2016.
O navio tem capacidade para transportar tropas anfíbias, conta com heliponto, e pode atuar em ações humanitárias, como as que a Marinha do Brasil cumpre no Haiti e no Líbano.
“Por isso, na proposta da revisão da lei Orçamentária de 2016, incluímos o abatimento de R$ 3,5 bilhões para garantir a continuidade destes projetos”, destacou a presidenta. Entre outros projetos em andamento, ela ressaltou o avião cargueiro KC-390, o satélite geoestacionário de Defesa e Comunicação Estratégica e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, o Prosub.
A presidenta foi recebida pelo comandante da Marinha, o Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira. Ele fez vários elogios à Força, lembrou a ajuda humanitária durante o episódio do rompimento da barragem em Mariana e citou a missão da Marinha, que é a de proteger o litoral do Brasil, citado como um País rico “de dimensões continentais cuja defesa precisa ser aprimorada continuamente”.
Dilma encerrou seu discurso agradecendo às centenas de manifestantes que foram à Doca para apoiá-la “defendendo a nossa democracia e a constitucionalidade do País”.
A presidenta foi recebida sob manifestação popular, com gritos de que “não vai ter golpe” e cartazes contra a tentativa de impeachment.
“O navio oferece à Marinha brasileira um instrumento com capacidade de operar tanto na costa brasileira como fora dela em múltiplas missões exigidas pela força naval”, disse o ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
Segundo o ministro, o NDM Bahia se junta ao KC-390, visitado ontem pela presidenta Dilma, como uma das principais iniciativas para modernizar a estratégia de defesa do País. “O Brasil tem 17 mil quilômetros de fronteiras para proteger, para resguardar a integridade, a inviolabilidade e a unidade do nosso território, tem um espaço aéreo continental que precisa ser vigiado dia e noite”.
“No caso da Marinha, são 4,5 milhões de quilômetros quadrados de águas jurisdicionais e nós temos a necessidade de defender essa Amazônia azul”, concluiu Rebelo.