O plano em três fases anunciado pelo agente regulador da Coréia do Sul, Financial Services Commission, requer que os três maiores construtores navais do país: Hyundai, Samsung e Daewoo Shipbuilding e Marine (DSME), implementem planos de recuperação em conjunto com seus bancos credores.
O movimento do Governo da Coréia do Sul se insere na necessidade de uma forte ação de reestruturação de indústrias vulneráveis afetadas pela redução global dos negócios e da redução da economia, visando gerenciar o excesso da capacidade produtiva e estimular o aumento da competitividade a longo prazo.
O grupo Hyundai Heavy Industries, controlador da maior indústria de construção naval no cenário mundial, acompanha outros estaleiros da Coréia do Sul e apresenta seu plano de recuperação aos credores que inclui demissões de venda de ativos no valor de US$ 1 bilhão.
Informações divulgadas anteriormente avaliam que as demissões devem atingir cerca de 3.000 pessoas e venda de ativos considerados não estratégicos o que envolve cerca de 100 das 390 unidades de negócios atualmente existentes.
No final de abril o gigante da construção naval mundial anunciou a demissão de 25% de seus executivos, iniciando um programa maciço de demissões. Ações de controle e redução de custos estão em andamento para compensar uma queda de 63% nas encomendas, no primeiro trimestre de 2016 apenas cinco novos contratos de construção naval foram assinados.
Entre as ações de recuperação está a assinatura de um memorando de entendimentos entre a subsidiária Hanjin Heavy Industries & Construction com o Korea Development Bank, que lidera o plano de normalização dos negócios como outros credores. O banco estatal da Coréia do Sul também chama o grupo Samsung para apresentar seu plano de recuperação e acordo com os credores.