As expectativas para novos contratos de afretamento de sondas com a Petrobras são baixas, acreditam a Noble e a Diamond. Na apresentação dos resultados do primeiro trimestre, ambas disseram que curto prazo a petroleira brasileira não vai contratar.
De acordo com a Noble, a demanda por novas sondas no Brasil deve vir principalmente de petroleiras privadas como a Shell e a Chevron. A companhia explicou que, historicamente, o Brasil é um país que continua a contratar embarcações mesmo quando o mercado global está fraco, no entanto os problemas políticos do país, as questões internas da Petrobras e a desvalorização do real estão impedindo o país de fazer isso atualmente. “Historicamente, a Petrobras vinha sendo uma das melhores contratantes de sondas nas baixas do mercado”, explicou David Williams, CEO da Noble.
Este mês, a companhia anunciou que a Dave Bear, última sonda da sua frota que ainda atuava no Brasil, está descontratada e deixará o país. “Esperamos uma oportunidade para voltar quando o mercado estiver em uma situação melhor”, afirmou Williams.
Já a Diamond Offshore tem duas unidades afretadas à Petrobras, com contratos até 2018 e 2020, mas não vê perspectivas de novas negociações com a petroleira. “Se eu tivesse que prever a direção das nossas renegociações não diria que serão muito ativas com a Petrobras”, afirmou Ronald Woll, CCO da companhia.
No ano passado, a Diamond encerrou o contrato de uma de suas unidades no Brasil em troca da extensão do período de afretamento de outra unidade, o que, de acordo com o armador, foi benéfico, mas não deve ocorrer novamente.