O Brasil ainda está fora do plano global de venda de ativos elaborado pela Shell, afirmou o presidente local da petroleira, André Araújo, nesta terça-feira (21/6).
Globalmente, a companhia que incorporou os ativos da BG em fevereiro deste ano, tem planos de vender US$ 30 bilhões em ativos.
“Hoje, a Shell não tem nada previsto para desinvestimento no Brasil”, afirmou o executivo que acrescentou que revisões de portfólio sempre ocorrem e “fazem parte da rotina, são uma forma de financiar o crescimento da companhia”. No Brasil, o negócio de mais de US$ 50 bilhões, elevou a produção própria da Shell de 30 mil barris/dia para o patamar de 200 mil barris/dia, graças à participação da BG em ativos no pré-sal.
Gato do Mato
A Shell confia que o governo federal vai entregar as diretrizes para a contratação de áreas unitizáveis dentro do prazo estipulado pelo CNPE. “É importante cautela porque não pode sair qualquer coisa que seja um tiro no pé em termos de regulação de unitização”, afirmou André Araújo. O assunto deve ser resolvido no próximo trimestre.
A definição dos critérios técnicos e econômicos está sob responsabilidade do MME e é fundamental para a realização do leilão de áreas unitizáveis no pré-sal em 2017. No caso da Shell, também é relevante porque a operadora da descoberta de Gato do Mato, no pré-sal de Santos, está com esse projeto parado, aguardando a definição das regras.
“Entendo que esse [unitização] seja um dos itens mais importantes para desengargalar o desenvolvimento da indústria. Já estivemos em Brasília e nosso entendimento é que o governo federal está buscando cumprir o prazo”, afirmou Araújo.