Dificuldades financeiras enfrentada pelo Ecovix são o ponto mais crítico na construção dos FPSOs replicantes, afirmou nesta sexta-feira (29/7), o CEO da Galp, Carlos da Silva.
O executivo afirmou que é considerada, inclusive, a possibilidade de relicitar obras, em especial, da P-71, projeto mais preocupante. O Ecovix foi contratado para construir os cascos das plataformas P-66, P-67, P-68, P-69, P-70 e P-71, sendo que a P-68 teve o trabalho transferido para a China e há a possibilidade de a P-70 e a P-71 também saírem da carteira do estaleiro.
Para o ano que vem está prevista a entrada em operação de duas unidades replicantes nas áreas de Lula Sul e Lula Extremos Sul/Sul de Lula. De acordo com previsão da Keppel, o primeiro replicante (P-66) deve ser entregue em fevereiro pelo Brasfels. O estaleiro também vai integrar a P-69.
Lula
A Galp também informou hoje que o consórcio de Lula vai priorizar a conexão do FPSO Cidade de Itaguaí ao Rota 2, que transfere gás para Cabiúnas. O trabalho deve ser concluído no terceiro trimestre, liberando mais capacidade de produção da plataforma de 150 mil barris/dia. O FPSO Cidade de Mangaratiba, por sua vez, teve sua conexão postergada para o último trimestre.
Sócia da Petrobras e da BG em Lula, a Galp teve uma produção própria de 54,7 mil barris dia no segundo triemstre, queda de 3% na comparação com o trimestre anterior, devido à manutenção de plataformas em abril (Angra dos Reis parou por 11 dias e Paraty, por duas semanas).
O resultado líquido do período foi de € 133 milhões , 29% menor na compração anual (€ 189 milhões), e o Ebitda, de € 337 milhões, redução de 25% ante € 447 milhões.
A Galp faz parte do consórcio de Lula por meio da Petrogal, joint-venture com a Sinopec, que detém 10% do campo. A Petrobras é operadora com 65%, e a Shell tem os 25% restantes.