A SBM registrou lucro de US$ 38 milhões no primeiro semestre de 2016, queda de 77% em relação aos ganhos de US$ 164 milhões do mesmo período do ano passado.
As receitas da companhia entre janeiro e junho somaram US$ 939 milhões, retração de 40% na comparação com o faturamento de US$ 1,6 bilhão dos mesmos meses em 2015.
De acordo com o CEO da empresa, Bruno Chabas, a companhia está se ajustando à nova realidade do mercado. “Os desafios continuam, mas estão havendo discussões produtivas com clientes para buscar soluções econômicas para projetos em águas profundas”, afirmou Chabas.
A SBM informou que espera encerrar até o quarto trimestre deste ano o processo de alteração das bandeiras dos FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema, que começaram a produzir no campo de Lula no primeiro semestre. A companhia optou por alterar a nacionalidade das embarcações devido a uma decisão da Justiça brasileira que questionava as hipotecas de navios com bandeira das Bahamas.
Na primeira metade do ano, a companhia finalizou o descomissionamento do FPSO Marlim Sul, no campo homônimo, na Bacia de Campos. No período, a empresa fechou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal que prevê o ressarcimento de US$ 341,8 milhões (R$ 1,12 bilhão) à Petrobras (US$ 328,2 milhões) e aos cofres públicos (US$ 13,6 milhões).
O acordo inclui ainda uma redução no pagamento à SBM do bônus de desempenho dos FPSOs Cidade de Anchieta e Capixaba, o que representará uma queda de US$ 179 milhões no faturamento da companhia entre 2016 e 2030.
Nesta quarta-feira (10/8), a SBM anunciou que iniciará um programa de recompra de ações no valor de € 150 milhões. A expectativa é finalizar a operação até o final deste ano. A companhia também anunciou a nomeação de D. H. M. Wood como novo CFO. O executivo assumirá o cargo após a saída de P. M. van Rossum, que se aposentará no ano que vem.