A Petrobrás ainda está receosa em readmitir as empresas nacionais suspensas de seu cadastro em suas licitações, mas deu um sinal de que isso pode acontecer em breve. O diretor de governança, João Elek (foto), afirmou que a revisão do bloqueio cautelar às 27 empresas retiradas da lista deve acontecer no curto prazo.
Ele evitou precisar uma data, mas reconheceu que é “razoável” imaginar que ocorra ainda no primeiro trimestre deste ano, já que o prazo de dois anos estipulado para o bloqueio em 2014 expirou no final do ano passado.
“Acredito que em breve a gente possa ter novidades, sentar com as empresas e levar a diante um diálogo na direção do desbloqueio”, disse.
O tema veio à tona depois que o Petronotícias revelou a lista de convidados da Petrobrás para a continuação das obras da UPGN do Comperj, que incluiu 30 empresas, mas todas estrangeiras, deixando de lado a indústria nacional, que vive um momento extremamente crítico.
O presidente da estatal, Pedro Parente, chegou a avaliar as críticas recebidas pela postura como “ranço ideológico”, sem levar em conta que há muitas empresas brasileiras preparadas para concorrer. O que a indústria defende, capitaneada pelas federações e associações nacionais, não é reserva de mercado, mas condições isonômicas para competir.