O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou ontem que o governo está amadurecendo a posição a ser tomada na revisão da política de conteúdo local do setor de petróleo e gás. O ministro indicou a intenção do governo de propor regras de transição para as mudanças na obrigatoriedade de componentes nacionais na indústria.
Padilha tratou do assunto, sem detalhá-lo, em encontro com integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O tema havia sido debatido também na segunda-feira, durante reunião com ministros no Palácio do Planalto.
“É um tema que está amadurecendo dentro do governo para termos uma posição. Não como era, mas também não dá para romper de uma vez por todas com tudo aquilo que se tem, porque muitos empresários construíram seus negócios e suas empresas considerando aquela proposta que lá estava”, disse o ministro da Casa Civil. “Temos que construir um meio termo para que se faça uma transição que seja tão indolor como possível”, afirmou.
Padilha também procurou demonstrar otimismo com a perspectiva econômica para o país e citou indicadores e estudos diversos que apontam para uma melhora do ambiente macroeconômico, sobretudo em decorrência, em sua avaliação, de medidas adotadas pelo governo do presidente Michel Temer.
“O ajuste fiscal, com o teto [para o crescimento do gasto público] e a reforma da Previdência Social, especialmente, são os dois principais pilares do nosso ajuste fiscal”, disse Padilha ao abrir reunião de grupo de trabalho do CDES. O encontro estava programado no cronograma de reuniões do Conselhão, mas não havia sido incluído na agenda do ministro-chefe da Casa Civil.
Padilha também afirmou a intenção do governo de propor no curto prazo medidas microeconômicas visando principalmente a retomada da geração de emprego no país, mas evitou antecipá-las ou comentá-las em detalhes aos integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.