A Oceânica, que há dez anos participa da OTC em Houston, já tem garantida novamente sua presença na maior feira de petróleo do mundo, que acontece entre os dia 1º e 4 de maio. Ela voltará ao Pavilhão Brasil e este ano o grupo também levará a HBR, braço de equipamentos do grupo, que participa pela segunda vez. A HBR, que celebra 15 anos, vai apresentar a evolução de sua linha Air Delivery, que dispensa a necessidade das empresas comprarem máquinas e equipamentos destinados à geração de ar comprimido. A empresa implantou um conceito onde as máquinas são acompanhadas 100% do tempo a partir Centro de Controle Operacional instalado em sua sede.
O Petronotícias ouviu Daniel Cueva, diretor da Oceânica, segmento de engenharia do grupo, sobre os investimentos e as perspectivas que a empresa tem para este ano. Ainda um pouco cético na recuperação da indústria do petróleo no Brasil, Cueva aposta em investimentos na imagem da empresa também no mercado internacional. Para ele, as dúvidas para o lançamento dos projetos de Sépia e Libra criam incertezas e a mudança na política de conteúdo local foi vista como um retrocesso.
– Por que decidiram participar do Pavilhão Brasil este ano?
– O braço de engenharia do grupo, a Oceânica, participa anualmente da feira há quase 10 anos, sempre com um excelente retorno. Desde o ano passado o braço de equipamentos, a HBR, iniciou um processo de internacionalização e colocou como objetivo a participação em algumas importantes feiras internacionais. Neste ano, as duas empresas estarão representadas com estandes na OTC.
– Como está vendo a retomada da economia, principalmente no setor de petróleo no Brasil?
– Ainda temos grandes dúvidas a respeito do momento da retomada, mas temos certeza que o setor voltará a ser importante dentro do nosso negócio. Porém, é fundamental a nossa presença em mercados no exterior, seja para projetos cujo cliente final é a Petrobrás, seja para projetos em outros países.
– Já dá para sentir um novo ambiente propício para negócios?
– Ainda não. Os sucessivos adiamentos das concorrências de SEPIA e LIBRA deixam dúvidas a respeito do momento da retomada e, principalmente, das políticas que serão adotadas para fomento da indústria brasileira.
– A decisão do governo em quebrar o conteúdo nacional e estimulando levar as obras para o exterior afeta o seu negócio?
– Sim, e muito. A decisão de descontinuidade da política de conteúdo local faz com que empresas como a nossa sequer sejam consultadas para os projetos brasileiros. E não se trata de uma questão de competitividade. Por exemplo, estaleiros chineses darão prioridade para subfornecedores chineses, seja por facilidade de comunicação, questões logísticas ou mesmo de política de governo.
– A sua empresa está pronta para atender as necessidades que o mercado de petróleo exige no Brasil?
– Sim, não só no Brasil como no mundo. Empresas com a HBR e a OCEÂNICA estão inseridas em um mercado de petróleo altamente competitivo e tecnológico, que é o brasileiro, e estiveram envolvidas nos mais importantes projetos de exploração offshore dos últimos 15 anos. Isso nos habilita a fornecer não só para a Petrobrás, mas para qualquer petrolífera do mundo.