Sete unidades de perfuração para águas rasas estão no pacote que será leiloado em maio
A Petrobras lançou um leilão público internacional para a venda de sete sondas de perfuração. As unidades serão leiloada em uma audiência pública que será realizada no dia 10 de maio e as empresas interessadas têm até um dia antes para se habilitar e apresentar propostas na concorrência.
O leilão pretende vender as sondas P-3, P-10, P-23, P-26, P-27, P-59 e P-60, todas paradas hoje no canteiro da empresa em São Roque do Paraguaçu, na Bahia. As empresas interessadas na concorrência podem visitar as sondas no local até 28 de abril.
Anexos:
• Edital
• Adendo A – Especificação Técnica das Unidades (.zip)
• Adendo B – Modelo de Declaração
• Adendo C – Modelo de Contrato de Compra e Venda, Nota de Venda e Certificado de Aceitação;
• Adendo D – Modelo de Recibo de Entrega e Aceitação da Unidade
• Adendo E – Carta de Credenciamento
• Adendo F – Modelo de Envio de Proposta
• Fotos das Unidades
A sonda P-23 tem lance mínimo de partida de R$ 500 mil e as unidades irmãs P-59 e P-60, o lance mínimo de partida de R$ 20 milhões. As demais unidades, por terem idade mais avançada, não têm lance mínimo proposto.
As sondas P-59 e P-60 foram construídas no próprio canteiro de São Roque do Paraguaçu, na Bahia, e marcaram a retomada da construção de sondas no Brasil, após quase três décadas de jejum. As obras foram feitas pelo consórcio Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, que depois se transformou no Estaleiro Enseada. O investimento da Petrobras foi de cerca de US$ 700 milhões.
Com capacidade para perfurar em lâmina d’água de até 106 m, as jack-ups tiveram pouco atividade nos últimos anos, já que existe grande dificuldade para conseguir licença ambiental para perfurar em águas rasas no Brasil. A P-60 chegou até a ser usada como flotel na Bacia de Campos.
Esta não é a primeira vez que a Petrobras tenta vender algumas dessas sondas. É quarta tentativa para a vender a P-3, que já foi ofertada anteriormente junto com as sondas P-I, P-4 e P-14. Na última tentativa, a P-3 foi a unidade que despertou maior interesse, sendo arrematada por US$ 1,12 milhão pela empresa paranaense América Óleo e Gás. A unidade recebeu propostas iniciais dos três concorrentes: US$ 400 mil da América, US$ 405 mil da International Ships e US$ 800 mil de John Lamb. O negócio, contudo, não foi pra frente.
A América também arrematou a P-4 por US$ 560 mil, após o melhor lance inicial de US$ 250 mil, feito por John Lamb; e a P-I, por US$ 410 mil, também em disputa com Lamb que fez a melhor primeira oferta, de US$ 175 mil.
Por fim, Lamb arrematou a P-14 por US$ 530 mil. A International Ships chegou apresentar propostas para a P-14 e P-3, mas não cobriu as melhores ofertas dos concorrentes.
Em abril do ano passado, a Petrobras lançou o edital para o leilão de venda da P-27. O lance inicial mínimo era de US$ 1 milhão. A P-27 começou a operar em 1998 e foi responsável pela produção nos campos de Voador e Brava, na Bacia de Campos. A unidade, que tem capacidade para produzir 50 mil barris/dia de óleo, foi descomissionada em dezembro de 2013. Ninguém apareceu no leilão feito pela empresa.
A empresa também pretende vender as plataformas semissubmersíveis P-7 e P-12, instaladas nos campos de Bicudo e Linguado, ambos na Bacia de Campos. A petroleira está paralisando a produção dos dois sistemas, e as plataformas devem deixar a locação somente em 2018. Os campos sofreram impairments de R$ 937 milhões e R$ 1,91 bilhão, respectivamente, no balanço financeiro do quatro trimestre de 2015.
Em janeiro de 2016, o investidor John Lamb venceu a licitação internacional promovida pela Petrobras para a venda da plataforma P-34, primeiro FPSO a produzir no pré-sal no Brasil. O investidor pagaria US$ 3,1 milhões pela unidade. O FPSO desde então está docado no Estaleiro Renave, na Baía de Guanabara, com diárias pagas pela Petrobras.