Um terço da frota de apoio marítimo do país está sem contratos de longo prazo. Um levantamento feito pela Brasil Energia Petróleo com as cerca 400 embarcações em águas nacionais indica que aproximadamente 125 delas estão nessa situação, atuando no mercado spot ou em hibernação (lay up).
Aproximadamente três quartos dos barcos contratados (207 sobre o total de 281) têm bandeira nacional. Com a redução das atividades, muitas embarcações estrangeiras deixam o país nos últimos anos, já que modelos equivalentes nacionais têm prioridade na contratação, conforme previsto pela legislação brasileira.
A classe com maior proporção de barcos descontratados – seis ou 85% do total – é a dos SVs (small vessels). Na sequência estão os LHs ou line handlers, utilizados no manuseio de amarras (35 ou 55%), PSVs (49 ou 32%); AHTSs (14 ou 25%) e OSRVs (11 ou 24%).
Todos os 24 FSVs/Crew, para transporte de carga e passageiros, estão contratados. Os PLSVs estão numa situação parecida, com 95% (20 dos 21) de sua frota contratada. Apenas o Skandi Niterói, da DOF/Norskan, não está nessa lista, mas é isso é uma questão de tempo, já que, por arvorar bandeira nacional, bloqueará um dos 17 PLSVs estrangeiros da Petrobras.
Outros barcos especializados em serviços submarinos, como RSVs, DSVs também estão numa situação confortável, com mais de 80% da frota em contratos de longo prazo. A maioria deles possui bandeira estrangeira, assim como no caso dos AHTSs: 23 dos 43 barcos contratados são de outras nacionalidades.
Todos os LHs (27) e quase a totalidade dos PSVs (104) e FSVs/Crew (22) contratados têm bandeira brasileira, mesmo caso de dois terços da frota de OSRVs (22), utilizados no apoio a operações de emergência.
Do lado dos descontratados, os barcos de bandeira brasileira são maioria em todas as classes, exceto no caso dos WSVs (estimulação de poços) e DSCVS (apoio a mergulho e construção) – cujos únicos representantes descontratados são estrangeiros – e dos AHTSs, cuja proporção está em 50/50.
O status contratual das embarcações de apoio marítimo no país foi verificado a partir de dados da Antaq, da Petrobras e da shipbroker Westshore.