Número de novos requerimentos da Petrobras injeta ânimo no mercado
A Petrobras está avaliando as propostas para afretamento de SDSV (embarcação de apoio a mergulho) por dois ou três anos, com possibilidade de renovação por dois anos. Estão na disputa seis armadores em parceria com fornecedores de ROV.
A Bram Offshore e a C-Innovation – ambas do grupo Edison Chouest – ofertaram o Santos Scout; a Up Offshore, com a Belov, o Up Amber e o Up Pearl; a Farstad Shipping (Fugro), o Far Scotia e o Far Swift; a DOF (Fugro), o Skandi Commander; a CBO (Fugro), o CBO Isabela; e a Wilson Sons Ultratug (Sistac), os PSVs Mandrião e Pardela.
Lançada em fevereiro, a concorrência é a segunda aberta em menos de um ano pela Petrobras para contratação de SDSV. A anterior, contudo, foi cancelada – acredita-se que por preços considerados altos pela estatal ou por questões relacionadas a especificações técnicas.
Além dessa licitação, a Petrobras promove uma concorrência para afretar OSRV 750, cujo prazo de entrega de propostas – antes previsto para 6 de junho – foi adiado para o próximo dia 20 em função de recursos apresentados por armadores que não teriam sido convidados.
Para os próximos meses, a expectativa é que a petroleira lance ao menos dois novos bids, sendo um para afretar DSVs (apoio a mergulho saturado) e outra para PSV 1500.
Na avaliação do mercado, a atividade contratual da Petrobras em 2017 já é melhor que no ano passado, levando-se em conta o número de novos requerimentos abertos e a verdadeira “guerra de bloqueios” vista em 2016.
A petroleira segue, contudo, buscando absorver barcos de bandeira nacional, mas o ponto de saturação do mercado já está estourando, a exemplo dos PSVs, cuja frota – a maior dentre todas as principais classes no apoio marítimo – já é formada somente por embarcações brasileiras.
Aos estrangeiros resta basicamente disputar contratos de afretamento de barcos específicos, como PLSVs e RSVs, mas mesmo nesses casos já há embarcações nacionais bloqueando aquelas que arvoram bandeiras de outros países.