Delfin e Golar anunciam acordo para primeiro projeto do tipo no país
A Delfin e a Golar assinaram um acordo de desenvolvimento conjunto para instalar o primeiro FLNG na costa dos Estados Unidos. A unidade ficará no offshore de Cameron Parish, no estado da Louisiana.
A área é um campo maduro que necessita de pouca infraestrutura e pode receber até quatro FLNGs, com capacidade total para produzir 13 milhões de toneladas de GNL por ano. O projeto deve receber a aprovação final em 2018 e a expectativa é começar a produzir entre 2021 e 2022.
A Delfin já comprou os direitos sobre o maior gasoduto do Golfo do México em 2014 para atender ao projeto e pediu uma licença portuária no ano passado, que foi aprovada. A companhia recebeu este mês a autorização para exportar GNL para países que estão fora do acordo de livre comércio com os EUA.
A Golar já realizou o projeto de três FLNGS. O primeiro, a unidade Hilli Episeyo, será concluída no estaleiro Keppel até o terceiro trimestre de 2017. O segundo, batizado de Gandria, deve receber a aprovação final em breve para um projeto na Guiné Equatorial.
A proposta da companhia é tomar como base o as duas unidades para desenvolver um modelo de embarcação batizado de Mark II, que terá capacidade para liquefazer mais de 3 milhões de toneladas por ano. De acordo com a Golar, esta provavelmente será a solução adotada para o projeto americano, já que representaria o menor custo de liquefação do país.
“O modelo de execução da Golar permitirá com que a Delfin entregue uma solução de liquefação ao menor custo do mercado americano, em menos de três anos de construção”, ressaltou Oscar Spieler, CEO da Golar.
O primeiro FLNG do mundo está localizado na Malásia, no campo de Kanowit, operado pela Petronas. A unidade, batizada de SATU, entrou em operação ao final de 2016. De acordo com a Douglas-Westwood, o mercado de FLNGs receberá US$ 41,6 bilhões em investimentos entre 2017 e 2022.