Iniciativa mexe com o cronograma final da licitação e reforça tendência de adiamento do primeiro óleo para 2021
A divulgação do resultado qualificação técnica e a abertura das propostas comerciais da licitação para o afretamento do FPSO para o piloto do projeto de Libra irão demorar pelo menos de sete a dez dias. Para evitar qualquer tipo de questionamento futuro, o consórcio de Libra decidiu solicitar à CGU novas certidões de idoneidade dos quatro proponentes – Modec, SBM, BW Offshore e a Bluewater – alterando assim o cronograma mais recente, que previa o resultado da qualificação técnica na quinta-feira passada (29/6) e a abertura dos preços na sexta-feira (30/6).
A decisão de última hora foi tomada em consenso pela Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOCC, segundo uma fonte que participa do processo, pois as certidões existentes tinham sido fornecidas em maio.
A iniciativa do consórcio mexe com o cronograma final da licitação e reforça a tendência de que o primeiro óleo do primeiro sistema definitivo seja adiado de 2020 para 2021. Há, inclusive, a possibilidade de as ofertantes terem de apresentar novas propostas comerciais, caso o pedido de waiver seja avaliado pela ANP nesse período.
A fase de qualificação técnica da licitação se arrasta há mais de dois meses.
O consórcio havia oferecido a possibilidade de as empresas participantes excluírem qualquer condicionante listada nas propostas, o que pode resultar na não qualificação de alguns proponentes.
Projetado para ser instalado na parte noroeste do ativo, o FPSO Piloto de Libra terá capacidade para produzir 180 mil b/d de óleo e comprimir 12 milhões de m3/d de gás, ficando interligado a 17 poços (oito produtores e nove injetores).
Como o acordo de leniência da SBM segue sem aprovação até o momento, é quase certo que o consórcio de Libra repita a mesma estratégia adotada pela Petrobras na licitação do FPSO de Sépia e desclassifique a empresa holandesa.