A severa crise que atingiu em cheio o setor naval, enfim, dá sinais que começa a perder força. Um novo levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) indica que o segmento de construção naval vai manter o seu número de empregados até o próximo ano. A estimativa positiva tem como base os estaleiros do Nordeste, como o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e o Vard Promar, de Pernambuco, que conseguiram manter a construção de navios gaseiros e petroleiros até 2018. Neste balanço, os estaleiros de Rio Grande ficaram de fora.
O Sinaval ainda aposta que os contratos de construção das embarcações devem gerar um leve aumento na oferta de postos de trabalho no Nordeste. A entidade também avalia como positivo o fato do Fundo da Marinha Mercante (FMM) ter dado prioridade de financiamento de mais de R$ 3 bilhões para a empresa South American Tanker Company (SATCO) para a construção de cinco novas embarcações.
A estabilidade deve se manter em outras regiões do Brasil. Em Niterói (RJ), Guarujá (SP), Navegantes e Itajaí (SC), o Sinaval acredita que o mercado de trabalho vai continuar estável até 2018. O diretor do sindicato, Sérgio Bacci, que participará da 14ª Marintec South America, em agosto, no Rio de Janeiro, afirma que apesar da crise, outros setores estão gerando demandas para o mercado naval.