Frota de apoio encerra junho com 386 embarcações

  • 08/08/2017

No boletim de apoio marítimo deste mês, o detalhamento da frota, concorrências, contratos e distratos no segmento

A frota de apoio marítimo no Brasil encerrou o mês de junho com 386 embarcações, duas a mais que no mês anterior e 23 a menos ante igual período de 2016, quando havia 409 unidades em águas nacionais (redução de 5%). A comparação tem como base dados fornecidos pela Abeam.

Entre maio e junho, deixaram de figurar na frota brasileira o MPSV Austral Abrolhos, da Asgaard, e o OSRV Vega Emtoli, da Vega Offshore. A Brasil Energia Petróleo verificou que o primeiro está, neste momento, no Rio de Janeiro, enquanto o último se encontra na Grécia.

Já as embarcações que se somaram à frota no período foram o OSRV Asgaard Sophia, da Asgaard; os PSVs Seabulk Angra e Brasil, da Seacor Offshore; e o PLSV Seven Waves, da Subsea 7.

Três barcos foram inscritos no Registro Especial Brasileiro (REB) entre maio e junho: o RSV Skandi Commander, da DOF; o PSV Far Star, da Farstad Shipping; e o AHTS Maersk Handler, da Maersk. Com a suspensão de bandeira, essas embarcações firam imunes ao bloqueio por parte de concorrentes brasileiros.

Como ocorrido entre abril e maio, a relação de barcos de bandeira brasileira e estrangeira permaneceu estável, com os primeiros representando 80,8% do total (312 unidades) e os últimos, 19,1% (74). Na comparação anual, a proporção de embarcações nacionais cresceu dez pontos (há um ano, eram 287).

Não houve, no período, variações significativas por classe de barcos, seja em termos de número ou bandeira.

 

Concorrências
A Chevron está analisando as propostas para o afretamento de dois AHTSs por dois ou quatro anos firmes, com opção de extensão) para apoiar suas operações no campo de Frade, na Bacia de Campos.

O bid visa repor os contratos das embarcações Elisabeth C e Campos Contender, da Bram Offshore, que operam a partir da base da holding Edison Chouest, no Porto do Açu (RJ), cujos contratos terminam em setembro deste ano e janeiro de 2018, respectivamente.

Um dos barcos terá de ser equipado com um ROV para realizar atividades de inspeção e manutenção subsea. Mais detalhes no documento publicado ao final deste matéria.

A Petrobras deve anunciar nas próximas semanas o resultado da licitação para contratar SDSV (embarcação de apoio a mergulho). A Farstad Shipping apresentou os menores preços na concorrência.

A estatal também analisa as propostas entregues na concorrência de OSRVs. A licitação prevê a possibilidade de contratos de dois ou três anos, renováveis por dois anos, ou quatro anos (+1), com início em dezembro deste ano, maio de 2018 e dezembro de 2018.

Embarcações ofertadas na licitação de OSRVs da Petrobras (Mercado)

As IOCs Statoil e Total também têm licitações em andamento. A norueguesa contrata três PSVs 4500 e um PSV 3000 por seis meses firmes, enquanto a petroleira francesa busca cinco embarcações, sendo dois PSVs 3000, um PSV 2000, um OSRV com ROV e um MPSV.
Contratação

A shipbroker Westshore informou que a Petrobras estendeu por 95 dias o afretamento do OSRV CBO Rio, da Companhia Brasileira de Offshore. A embarcação seguirá apoiando as operações da estatal em Aracaju (SE) até 10 setembro.

Imbróglio

A Marimar tenta reverter na Justiça o cancelamento dos contratos das embarcações de transporte de carga e passageiros Marimar XIV, Marimar XVI, Marimar XVII, Marimar XIX e Marimar XX.

No pedido de liminar submetido à 27ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, a empresa de navegação alega que os contratos foram rescindidos unilateralmente pela Petrobras e solicita que as embarcações sejam reintegradas ao serviço.

Nas notificações de rescisão contratual, o gerentes gerais de Serviços de Logística de E&P, Alex Murteira Celem, e de Serviços de Contratação da Petrobras, Ronald de Andrade Barreto Junior, observam que houve cumprimento irregular dos contratos e índices de disponibilidade operacional “muito abaixo” do exigido.

Em sua defesa, a Marimar argumenta que as embarcações interromperam os serviços para a Petrobras porque não pôde pagar seus tripulantes em função de multas por aplicadas pela estatal por consumo excessivo de combustível ou atraso na entrega dos barcos contratados.

A EBN explica que, após negociar com seus funcionários e voltar a disponibilizar uma das embarcações, a Petrobras teria se negado  a recebê-la em seu terminal de Guamaré, no Rio Grande do Norte.

“Essa prática vem causando grandes prejuízos à Marimar, uma pequena empresa que tem a Petrobras como única e exclusiva cliente, impedindo que a mesma cumpra com seus compromissos, principalmente com o pagamento da folha de pagamentos a seus empregados”, frisa a companhia no pedido de liminar.

Procurada, a Petrobras disse que não se pronunciaria sobre o caso.

DETALHES DO BID DA CHEVRON no link abaixo:

https://drive.google.com/file/d/0B0YDCOCFPXlXbkNXYkxaTU1DbzA/view

 

Fonte: Brasil Energia – João Montenegro
08/08/2017|Seção: Notícias da Semana|Tags: , |