Investimentos no offshore abaixo de US$ 60 bi/ano até 2021

  • 08/08/2017

Valor ainda pode cair para US$ 14 bilhões/ano ao final do período caso novos projetos não sejam aprovados

Westwood acredita que sobreoferta de óleo pode aumentar em 2018 (Divulgação)

Os investimentos anuais em projetos no offshore devem ficar entre US$ 40 bilhões e US$ 60 bilhões até 2021, acredita a Westwood Energy. De acordo com a consultoria, no entanto, o cenário poderá ser bastante diferente caso novos projetos não sejam aprovados. Neste caso, o valor pode cair para US$ 14 bilhões ao final do período.

Atualmente, a Westwood acredita que os investimentos totais no quinquênio somarão US$ 257 bilhões, mas no cenário pessimista, sem a aprovação de novos projetos, prevê que o valor pode ficar em apenas US$ 179 bilhões no período.

“A indústria frequentemente é imprevisível e fatores externos como grandes interrupções no fornecimento devido a eventos políticos ou climáticos podem alterar a balança rapidamente”, afirmou Steve Robertson, chefe de Pesquisa em Serviços Globais da Westwood.

A consultoria lembrou que o backlog que sustenta as receitas e lucros nas atividades subsea, hoje, tem como base os projetos aprovados antes da crise.

No momento, a indústria está em sobreoferta devido aos fortes equipamentos e infraestrutura antes de 2014.

“Existe capacidade em excesso na indústria offshore, que não será absorvida mesmo com uma recuperação das atividades ao nível de 2014. Por isto estamos vendo valores bastante deprimidos de navios, taxas diárias e utilização. A questão é: quando isto vai mudar?”, acrescentou Robertson.

De acordo com a Westwood, questões fundamentais ainda desafiam a recuperação do segmento offshore, como por exemplo, a necessidade de fluxo de caixa livre e a expectativa de aumento no preço do barril em médio prazo para que as petroleiras voltem a investir em novos projetos. A entrada em produção de novos campos até 2018, aprovados antes da crise, ainda deve fazer com que a sobreoferta de óleo aumente novamente.

“A aversão aos riscos em médio e longo prazo é o motivo pelo vemos uma recuperação dramática em investimentos que requerem curto prazo, como a indústria de tight oil nos EUA”, explicou Robertson.

Fonte: Brasil Energia – Gabriela Medeiros
08/08/2017|Seção: Notícias da Semana|Tags: |